No submundo todo shinigami apodrece sem nem pensar em trabalhar. Mas a louca era diferente, queria para si tesouro e glória.
Se pudesse roubaria a coroa do próprio rei dos shinigamis!
Ao seu redor, quanto mais o seu mundo apodrecia, mais queria...
Todavia roubar de outro shinigami lhe traria terrível punição...
Para onde iria então?!
Soube que alguns shinigamis visitaram a Terra ao deixar seus cadernos caírem no mundo humano.
Lá a vida parecia bem mais interessante e lá não a chamariam louca.
Ficou no poço horas e horas escolhendo seu humano...
Achou uma mulher perturbada, mas muito ambiciosa, com um longo tempo de vida, esta lhe serviria bem...
Jogou seu caderno e o caderno caiu bem na cabeça da humana!
A shinigami louca desceu, se apresentou e apresentou as regras do caderno.
Acrescentou algumas bem suas, mas já que a humana não conhecia as verdadeiras regras, que mal havia?!
"A cada dez mortes trazer uma oferenda para a shinigami dona do caderno ou punição com morte lenta e dolorosa", era isso.
A humana logo pensou nas possibilidades de dinheiro fácil e poder... Foi atrás de uns caras, precisava de comparsas.
Juntos realizaram diversos assaltos, a humana ia de manhã, estudava o alvo, via os nomes das pessoas e guardava na mente.
A noite um dos caras entrava, ela escrevia o nome dos seguranças e pessoal da loja no caderno e ponto! Todos morriam e ninguém impedia...
Eles estavam juntando uma fortuna, logo dariam o fora do país...
A shinigami amava aquelas quinquilharias do mundo humano, a ideia das oferendas fora perfeita! Já tinha experimentado várias comidas dos humanos, mas os doces eram sua paixão! Recebia ainda roupas, chapéus, joias... O mundo humano era só alegria, tudo que uma Shinigami como ela poderia apreciar...
Sua humana usava o caderno para assaltar bancos e lojas cada dia com maior ganância.
Mas um dia a Shinigami viu uma linda coroa no jornal. Era o que mais desejava, a coroa!
Ela seria sua, nem que precisasse sacrificar sua humana para isso...
Pegou o caderno e escreveu seu plano, com seus olhos viu o nome de cada segurança do museu.
Sua humana estava em transe, os alarmes foram acionados. Vieram outros guardas e atiraram na humana.
A humana, com a mão ensanguentada, alcançou o vidro e pegou a coroa.
Foram tantos tiros que a humana inteira pingava sangue.
A luz das lanternas iluminava as gotas de sangue que teimavam a escorrer dos ferimentos da humana e molhar a coroa da Shinigami.
A humana se arrastou e entregou a coroa a Shinigami que esperava nas sombras...
A Shinigami voou para seu mundo podre com sua linda coroa banhada de sangue.