Eles decidiram por conta própria, psicóticos devem morrer!
Esbravejaram com todas as forças, pessoas como eu devem desaparecer!
Mas ei, com um pensamento assim, vocês não seriam iguais a mim?
Ele me apontou o dedo, ignorou minhas palavras, imperou dentro de casa
Eu enfiei uma faca em sua garganta e assisti o pedaço de carne respirar
Eu queria sentir a vida em minhas mãos, mesmo com a alma ferida.
Eles esbravejaram, tudo bem ele apontar o dedo, dilacerar minha vida
Decidiram que a lógica distorcida deles era a única aceitável na sociedade
Mas ei, eu também faço parte dessa bagunça e penso diferente
Eu sei que existem mais como eu, pessoas solitárias e sofridas
Eu sei que existem aqueles que cortaram seus pedaços podres e se encontraram
Nós acreditamos em um mundo melhor, um em que seremos aceitos.
Mesmo que o gosto de ferro domine minha boca seca
Mesmo que digam que eu não pertenço a este mundo
E que minha visão, terrivelmente distorcida, seja doentia
Eu ainda continuo aqui, com as mãos ensanguentadas
Olhem para mim e me digam de qual lado do espelho estão...