No momento em que acordei
há! - como
havia como deixar de pensar
em todos meus amigos artófagos que deixei de ter
dentre os lobos deste mundo
quem mais poderia me fazer feliz era o que engorda mais
farinha, fermento
pão
domina o coração do eu poético que escreve
que abandona enquanto procura neve
no quente verão do coração
as loucuras do mundo se escreve
Neve!
Pensamento e calmaria
Não!
Leva embora, por favor, esse coração
que visualiza a massa
e pensa em meter goela abaixo -
sem saber que não é guela
Zé, o coração ruela
Corria ruas, pelo menos as do coração
Chega!
Leves embora a vastidão em que penso
traga-me um coração gelado
de bem
furtado
qualquer um
mas amado.
Que seja no meu sonho
corpo esculpido
e na minha boca
pão cozido
com ovo, linguiça
sem trema,
sem temer
Há na vida o saber
com a certeza de nenhuma certeza
além da gostosura do pão
pegado com a mão
feito pela mãe
apreciado por todos
o do culto, óstia,
óstimo
com o vinho de gosto terrível
odeio - há
como, é possíve -l
Como é possível
o amor também h- á
em furtar
roubar descaradamente
não ser punido
fazer novamente
como nos encontramos
na atualidade
gente decente
rouba para comer
os outros
para enriquecer
e empobrecem sem espírito
já sem amor ao próximo
que não conhece
que te odeia
você ladrão, eu ladrão
merece cadeia.