A fina chuva daquela madrugada era a única testemunha dos amantes que estavam dentro do bem conservado Chevette de mil novecentos e oitenta e sete.
A cabeleira loira de Adriana escondia a lustrada careca de Carlos, o casal transpirava conexão, desejo e suor. Pois não havia acondicionado naquele veículo.
Eles sequer precisavam falar algo, limitava-se a arfadas e gemidos impuros, como pré-dito, a conexão era tanta que pareciam um só ser.
Adriana estava por cima, com a boca semi-aberta e o rosto virado para cima, já Carlos domava a cintura da parceira para ele mesmo, ditar o ritmo desejado.
A mulher mordeu seus próprios lábios fortemente e agarrou o homem pelas costas, sem se importar se o arranharia ou não.
Já Carlos ao sentir sua parceira se entregar completamente, a tomou para si. Sem parar o ato, ele a manobrou para o banco de trás do Chevette.
Agora, era a vez de Adriana ficar sentada, enquanto ele fazia o máximo de pressão possível.
Uma das mãos do moreno agarrava fortemente os cabelos louros da mulher, enquanto a outra se entrelaçava com a esquerda de Adriana.
Ambos olharam-se por meio segundo, foi o suficiente para que a mulher laça-se as costas de Carlos com os pés e ele se esforça-se ainda mais, para aumentar as estocadas.
O beijo suado que deram um na boca do outro, foi o estopim para que finalmente soltassem suas contrações e seus orgasmos, sem se importar com mais nada.