Vai e vem pelo Tempo II
É início de 2016
Entrei para uma sociedade poética
Da qual três anos depois
Não existirá mais
Era lindo
Até certo ponto
Uma falsa liberdade
Que lhe era cortada
Até as ideias não serem iguais
Regras que os privilegiados quebravam
Mas havia certa beleza
Conheci amigos
Em reuniões que todos expressavam suas artes
Me adoravam
Cada verso meu uma pessoa diferente elogiava
Conhecia
E amizades que
Pensava ser até a morte
Duraram até meu cativeiro chegar
Fiz a amizade
Com uma moça
Singular
Pura
Era o que eu achava
Pureza que iria morrer
E mostrar o monstro
Em abril de 2018
Conheci a minha primeira prisão
Em reuniões
Eu estava incumbido
De escrever para toda moça
Que entrava
E a conheci
A amizade se torara forte
E como descrevi
Na primeira poesia
Era prisão
Mas eu não sabia
Eu fazia
Mas me envergonhava
Da ação que eu tinha
A cada vez que em seu corpo
Me enrolava
Entrei em outro grupo
Pequeno
Mas logo se tornou grande
Conheci uma jovem
Que me prometeu lasanha
E no final de setembro de 2017
Me abandonou sem nem dizer o motivo
De tanta vergonha
Conheci uma Paixão
Ela de alguma forma mexeu comigo
E me acompanharia em um novo caminho
Quando mentia pra mim
Era abril de 2016
Pois em maio do mesmo
Ano
Eu era levado cativo
Um mês se passou
E eu me frustrei
Já que ela não me acompanhou
Eu me apaixonei por ela
Mas me deitava com outra
Conforme a vida andava
No meio de maio
Fui capturado
Meus pecados expostos
A fala
Era para que
Eu
Me tornasse melhor
Fui afastado de todos
E hoje
Não há ninguém em minha vida
Eu fui exilado
E eu apanhava
E só fazia
Tudo que me permitiam
E o que permitiam
Era só o que os agradava
E durante 4 meses
Eu fui chicoteado
E moldado
E mudado
Artur Poeta da Neve