Lá estava ela mais uma vez visitando a futura sogra, a visita não era de todo ruim, a sogra era prestativa e procurava agradá-la por todo o período que ficava ali hospedada.
Ruim mesmo era aquela praga daquele cachorro que parecia o filhote do demo!
Aquele Fox Paulistinha era endomoninhado, já havia mordido todos os membros da família, filhos, tios, primos, nem a bisa escapara da fúria do pequeno Boomer, exceto a sogra...
Nunca pode entender porquê as pessoas tinham bichos assim...
Sempre quando ela chegava na casa, o infeliz do cachorro parecia espumar de ódio, olhos vermelhos, doidinho para experimentar carne nova...
Todos os cuidados eram tomados, enquanto ela ficava na casa da sogra, aquela peste era presa na corrente e ficava nos fundos da casa.
Mas sempre que a via, espumava de ódio, mesmo amarrado tentava pular o portãozinho, doido para dar aquela mordida... O coração dela ficava aos pulos, disparado de medo, nunca havia sido mordida...
Estava novamente no internato, dormindo na parte de cima da beliche, a robusta colega de quarto na parte de baixo, era um calor dos infernos e ela empada de suor adormeceu...
Novamente na casa da sogra, que semana incrível! Tinham saído, ido ao bosque, andado de pedalinho e o namorado prestativo comprou doces, sorvete e lanche, tudo perfeito...
Voltando à casa da sogra, esta pediu que ela fosse à padaria, ela, prestativa, saiu imediatamente. Voltando com o pão, no meio da rua ouviu-se o grito: "Cuidado, o Boomer escapou!"
Nem deu tempo de reagir, aquela peste abocanhou-lhe as costas e mordia-lhe agora o pé chacoalhando a cabeça para todos os lados...
Quase caiu da beliche! Acordou segurando as costas e com a perna repuxada para o alto! O suor escorrendo, o coração a mil... Demorou a perceber onde estava...
Graças a Deus era só um pesadelo...