Dentes Cerrados
Começo a perder
A razão
E o que faço?
Já não está escrito?
Claro
O quanto quero perto
Eu não sou bom
Em esconder
E nisso tudo
Eu chego a explodir
Tudo se torna complicado
Ciúmes cresce
Medo e insegurança
Chamuscando
Me queimando
Enquanto queimo
As palavras
Em poesias ardentes
Cerro os dentes
Fechando a língua
Não soltar as palavras
Que está em meu corpo todo
Irradiando
Tudo o que sinto
Acho
Tenho certeza
E penso de você
Eu perco toda a razão
E não encontro o equilíbrio
Eu reajo estranho demais
Eu sempre quero mais tempo
Os minutos voam
Levando-te
E tudo ardendo
Aqui dentro
Eu tenho que resolver
Solucionar
O que é óbvio
A saída
É a entrada
Participar mais
Os minutos são sempre cruéis
E por que difícil
Quem sabe
Os gestos
Signifiquem mais
Os meus
Estão alinhados
Em demasia
Nas palavras do meus versos
E não falar
Consome
Energia
E muda meus gestos
O não falar
Torna-se gestos
E comportamento atípicos
O agir é diferente
Apenas por segurar
As palavras
Que deveria ir de direto encontro
Mas apenas encontram
As páginas
E meus dentes cerrados
Eliézer Viajante do Tempo