De 15 a ninguém
Eu estou sozinho
Meus lobinhos
Estão investigando
Algo que pode me ajudar
E muito
Uma caçada que superará todas as minhas anteriores
Enquanto isso
É hora de caçar solo
E talvez eu a deixarei viva
Assim como deixei a última
Vivas
Para viverem de outra maneira
Essa minha vítima
Minha presa
Foi fácil de achar
Festinhas e sempre um macho
Para ela ter prazer
E como adorava provocar
Inclusive aqueles
Que não se encaixavam
Em seu estilo de vida depravado
E vazio
Embora fosse uma festa privada
Não foi difícil adentrar
Eu aprendi usar minha aparência
E meus olhos de cores distintas
E claro levei muita cerveja
Com fortes sedativos
Misturados
E eu bati
Umas meninas atenderam
E eu joguei a desculpa
Que estava por perto
E ouvi a música alta
E adoraria participar
E mostrei as cervejas
Elas me secaram
E deixaram eu entrar
Eu sorri e agradeci
E adentrei
O som era alto
A música
Era um funk degradante da mulher
Enquanto alguns bebiam e flertavam
Minha principal vítima
Fazia questão de dançar provocando
Até o chão
E claro ela era linda
Mas sei que debaixo
Da beleza
Mais nada tinha a oferecer
Eu ofereci minha cerveja a todos
Um total de 15 pessoas fora eu
E logo ela me chamou para dançar
Ela esfregava o corpo em mim
Até os sedativos começarem a fazer efeito
E todos apagarem
Ela apagou
E peguei ela
E a amarrei
E assim fiz com todos
Amarrados
E amordaçados
Desliguei a música
Peguei os celulares
E verifiquei se havia alguma foto
Minha ou postada em redes sociais
E não houve
Tirei o chip
Removi a bateria de todos
Apenas deixei um ligado
Filmando tudo
Coloquei meu rosto
E esperei eles acordarem
Todos começaram a tentar se soltar
E debater
Ao verem a máscara
As meninas começaram a ficar mais agitadas
“Se não ficarem quietas é pior”
Mostrei minha faca
Não adiantou
“Não entenderam certo”
Andei até um rapaz e
Cortei a garganta dele
“Agora parem se não outros morrerão”
Pararam
O silêncio pairou no ar
O local era um tipo de sala cozinha
E amarrei eles em meio círculo
“Estou aqui
Para dar-te uma lição jovenzinha
Apontei a faca para minha presa
Você outrora
Há muito tempo
Provocou um jovem inocente
E depois chamou-o de alienado
Provocou-o por não aproveitar
Esta pocilga que chama de liberdade
A liberdade de mostrar seu corpo
E transar com cada um daqui
Ou com todos
Sem amor
Sem sentimentos
E se encher de bebida
Por falar nisso
Não entendo porque
As pessoas bebem tanto
O gosto é amargo
É a sensação?
De tirar todos os limites
Que você mesmo tem?
O ser humano com limites
Já faz tudo ruim
Quando se tira os limites
Haviam 14 vivos
Peguei uma garrafa de cerveja
E aproximei-me de outro rapaz
Tirei a mordaça
E o fiz beber a garrafa toda
Sem parar
Acabou uma
Eu coloquei outra
A bebida escorria
Pelo canto da boca
E pelo nariz
E mais outra garrafa
Ele se afogou com tanta cerveja
Joguei a garrafa no chão
“Entendem é sempre algo
Para nos fazer sentir melhor
Ou esquecer as coisas
Um vazio que você preenchem com tão pouco
Bebida
E claro
Parceiros sexuais
Ou apenas para beijos momentâneos
Por que é difícil achar um relacionamento
Claro que é
Ninguém quer amor mais
Vocês querem ser amados
Sem a responsabilidade de amar
E todos os benefícios
De um relacionamento
E as pessoas não conseguem
Não porque é difícil
Mas por que elas olham por fora
E gente como vocês
Que só sabem ter prazer
Não tem nada a oferecer
E são cheios de opiniões
Vazias
E só usam a arrogância
Por que a opinião
Não foi baseado em estudos
Mas sim na conveniência
A cabeça de vocês é vazia!!!”
Andei e perfurei a faca no meio da cabeça de outro rapaz
“A única coisa que sabem oferecer
É o corpo
Só pensam em sexo
E furei a parte íntima de outro rapaz
Ele sangrou até morrer
“Liberdade
A liberdade de hoje
É a prisão do amanhã
E como você escolhe
Claro
Pela aparência
Vocês são cheios de preconceitos
Mas com as pessoas que convém
“Religiosos que pregam
O quão errado você podem estar
Como vocês odeiam eles
O que não faz o menor sentido
Você odiar pessoas
Por dizerem algo que você não acredita
A não ser que eles tenham razão
E vocês sabem
Todos que vivem isso
Sabem
É um vazio
Uma solidão
As únicas pessoas ao redor
Te querem como um objeto
Mas não querem parar
E não sabem ser honestos
Por isso a bebida
As drogas”
Agora só havia meninas
Todas entre 18 e 14 anos
Andei até uma
Tira a blusa dela
Os seios expostos
Elas choravam
Tentavam não olhar
“Tudo para fingir
O vazio do peito”
Enquanto eu falava
Cortei o seio esquerdo da menina
E enfiei a faca
Atingindo o coração
11 meninas vivas
E a minha principal presa também
Eu andei
Rosnei
E retomei a fala
As pessoas montam os perfis
Por redes sociais
Propagandas perfeitas
Enquanto lutam contra algo ruim
Também mostram o ódio
As pessoas como você
Pregam ódio
Para quem pena diferente
Você é o tipo que fala da igreja
Ter queimado pessoas
Mas não lembra o fato
Dos pagãos terem queimado
Por trezentos anos
As pessoas por apenas quererem a igreja
E que foi um antigo pagão que iniciou a igreja católica
Toda a sua vida
Vocês só seguem a corrente
A maré
Acham que estão cheios de razão
Mas nunca se questionou
E nunca leu um livro
Para saber das coisas
E o que te atraí?
A aparência
E a capacidade de falar baixarias
Vou mostrar o que tem embaixo da pele”
Andei até duas meninas
Coloquei a faca no rosto
E comecei a tirar a pele delas
Elas choravam
Eu removi a mordaça
E tirei a língua
E voltei a esfolar
A presa principal
Estava cada vez mais em choque
Não ficaram perfeitamente sem pele
Ou tudo artístico
Mas elas morreram
A musculatura estava exposta
9 estavam vivas
“Viu
Todos
E todas são iguais
O que conta
Não é o fora
Mas o que tem no coração
E vocês não fazem questão do coração
Ou da mente
É tudo superficial
E se alguém
Não se encaixa
No seu método de vida
Você zomba
Você provoca
Você mata “
Coloquei a faca na garganta de outra menina
8 garotas
“O século da informação
E vocês usam a internet
Para apenas rir
Fazer piadas
E rir daqueles que não são como você
Não importa quantas pessoas digam
Que esse estilo de vida faz mal
Através de experiências
Vocês não ouvem
Se falam que a maconha faz mal
Não faz nada
Apenas queima neurônios
Afetando a memória
Causando dependência
Mas vocês vivem na conveniência
Não pesquisam
Olham para as pessoas
Como se fossem carne”
Faca no olho de uma menina
Perfurando o cérebro
7 meninas
“Apenas os olhos
E não tem conhecimento
É apenas piadas
Brincadeiras
Parceiros
E pornografia degradante”
Esfaqueei as partes íntimas
De outra garota
Abrindo-a no meio
6 meninas
“Vocês vivem
O conceito
De
Se me faz feliz
Não é errado
Mas agora estão diante de alguém
Que está feliz
Por limpar pessoas vazias
E depravadas
Do mundo”
Cortei a garganta
De duas
4 vivas
Sentei-me em uma cadeira
“Estou cansado
Gente como vocês
Não merecem viver
Eu experimentei a vida de vocês
E entendo
Quando alguém se apega a vocês
E desperta o sentimento
Mesmo que vocês não sintam
Vocês tem o prazer melhor
Vocês são amadas
Como deuses
Sem a responsabilidade de amar
E usam até achar outro melhor
Que se encaixe no prazer bom
E sentimento
Eu vivi isso
É bom demais
É um ciclo
Vocês sofrem e fazem outros sofrerem
Vocês lutam contra o preconceito
A não ser que vocês tenham preconceito
Com algo que vai contra vocês
Toda essa violência aqui
Quantas pessoas não morreram
Quantas pessoas você magoaram?
Apenas por seu egoísmo
Vocês não são livres
São tão presos
E ainda capturam
E matam”
Eu levantei-me
Cortei a garganta
De três meninas
Deixando apenas minha presa
“E agora?
Consegue entender?
Você matou pessoas
Vocês matam pessoas boas
Emocionalmente
Deixam elas arruinadas
Uma violência emocional
Absurda
Que quem sabe ilustrando
A sociedade enxergue
Quando você mata alguém
Sobra apenas o monstro que ele guardava
Pessoas como você vivem com o monstro de prontidão
E matam aqueles que guardam com todas as forças
E eu sou bem pior do que vocês
E por isso você morre”
Esfolei dos pés à cabeça
E ela morreu
Peguei o celular
Parei a gravação
Desliguei
E fui embora
Antes daquele lugar explodir
Fiquei de 23:00
Até 02:30
Depois de voltar a minha alcateia
Eu divulguei a minha purificação na internet
Lobo Negro Jonhy