Nasci.
Achei que poderia viver, correr pelos pastos, livre e feliz.
Mas assim que cheguei ao mundo, eles já me pegaram. Me trancafiaram enquanto eu ouvia minha mãe berrar.
Furaram minha orelha, doeu tanto. Só que eu não imaginava que tudo ia piorar.
Fui marcado a ferro quente. Fiquei preso, imobilizado, por todos os excruciantes únicos quatro meses da minha vida, só mexendo a cabeça.
Dor, sofrimento e fome, pois só alimentos pastosos hiper-calóricos eram-me dados.
Sem contar a escuridão completa.
Tudo para que eu não me desenvolvesse. Sem músculos, carne macia, era assim que me queriam para comer vitela.