Quando eu me sentei a escrever sobre isso
- esse meu novo sentimento de pertencer –
até as palavras me caíram em desuso
O que me fazia sentir era maior
que sequer uma mínima e qualquer explicação
eu conseguia visualizar como resposta
Agora cá estou eu,
- você bem pode ver –
como se estivesse a sair por aí
desfilando e mostrando belas joias ou pelas ruas
num Chevrolet master 1941 completamente restaurado
Veja aqui que valor transcende época ou tempo
Velhas coisas são ainda mais preciosas pela sua raridade
Per-ten-cer!
A que comparas isso agora? Me diga, meu caro.
Me diga, a que eu comparo?
Que palavra! Que espaço enorme e estável! Aí cabe um universo inteiro de mim!
Eu que nunca pertenci, não havia ainda me encontrado,
Nunca me senti realmente parte de nenhum tipo de grupo...
Descobri, fui invadida e minha história dividida
em a.p. e d.p.
Antes e depois do sentimento de pertencer