O corpo que não cessa o balanço,
a voz que ainda ecoa
pés frios apenas a alguns centímetros de tocar
um resquício de vida
Seus olhos prontos para desconectar
de sua face vestida de coragem,
um sentimento com hábito de persistir:
- você arranha as margens do fim.
Vistes minha face ficar borrada
(presenciei sua brincadeira de se pendurar)
foi impossível não se consumir,
decompôs cada pedaço do seu espírito
e queimou a língua em cada palavra afogada
e r a . a . s u a. v e z . d e . p a r t i r.
Hoje suas vestes me assombram,
enquanto canto fúnebre e fora de tom;
você sempre amanhece ao meu lado
e meus olhos saltam,
quicam
- e trincam
no chão
(ao qual me confino a cada manhã)
Não mais me visite,
eu preciso aprender a dormir sozinha.