Não que a vida fosse tristonha, mas era difícil ter dois mundos dentro de si .
Quando se nasce entre tantos, faz-se necessário ser diferente.
Assim pensava com inocência, entre brincadeiras e sonhos pueris.
Deitava a olhar as estrelas, e gostava do brilho que emanavam.
Parecia que lá no alto havia festa e nada mais queria do que ficar ali a imaginar,
mundos encantados ,dragões, feitiços,cavalos marinhos e alados.
Levava a sério toda essa fantasia, que olhava no céu todo dia.
Escondia-se embaixo do manto azul, imaginando ser uma das estrelas,
a vagar na noite nua.
Adormecia sonhando ser cadente, nos braços da lua.