Sob a cruz partida em mil pedaços, está o Cristo recém-morto, envolto na poeira grossa das lágrimas da Pietà. Brilhante Maria! Espatifada em caquinhos e farelos! Pobre estátua, pobre santa! Seu filho morre em seus braços, quebrado e rachado: as rachaduras escalam o marfim de seu corpo nu, esmagado pelo teto da pequena paróquia.
As vigas caídas soterram o Cristo, por cima de quem chora Maria e os pobres cordeirinhos cegos. Pobres cordeirinhos cegos! Eles têm buracos pretos em suas faces! Alguém acuda, alguém ajuda! Os bichinhos pisam sobre a madeira, onde entalham-se os muitos rostos do novo Deus, que por este mundo ainda reinará. Balem os cordeiros mais uma vez, perdidos na névoa do desconhecido.
A Lua Pálida se pendura no céu, arranhando o divino Éter com suas garras de cristal. La Luna ha llegado! Saúdam a Nova Era, saluden La Luna Palida! Ela e o grande azul são o teto da igrejinha, perdida no imenso vale que corta os Mundos!