Estava na mesa do bar
Ao som das ondas do mar
Mais leve que o próprio ar
Na calmaria de me amar
Pedi uma dose de gasolina
Junto com o chá de camomila
A garçonete dilatou sua pupila
E me ofereceu uma aspirina
Incrédulo com sua sugestão
Obriguei-me a controlar a respiração
E com um golpe de um facão
Dilacerei seu coração
Andava muito mais calmo
Na Bíblia, merecia ter um salmo
Nos tempos em que fazia tudo errado
Todos os presentes estariam mutilados
“Não deves matar a todos
Somente aquele ser tolo
Que acha que és louco”
Disse-me a voz no outono
Todos me olham espantados
Com o fato de eu ter mudado
Hoje sei que sou amado
Pela voz e por todo o povoado