Sou como o vento que paira no ar.
Sereno e tênue
Intenso e célere
Vou sempre onde quero ir
A procura de lugar para pertencer
Mas tudo parece se assemelhar.
E mais uma vez nesta tentativa
Incansável de me encontrar
Busco algo em que eu possa me reconhecer
Seria eu alguém que vive em constante metamorfose?
Transmudando e incomparável.
Tão exímio e fugaz
Quanto a imagem que se apresenta
Diante de mim no espelho.
Vivendo em um constante devir
E não sabendo a que lugar ir, perduro.
Mas o que sou nunca permanece
Vivendo em permanente transformação
Desse modo posso ser.