Capítulo Único
O Querer e o Ser
Eu quero ser a beleza da vida
E a lembrança de uma ida
Que consente a dor de uma eterna partida
Quero ser o coração do escritor
O drama do ator
E a aquarela do pintor
Com todo aquele primor
E o encanto de uma flor
Quero ser o homem cálido
Assim como o lobo pálido
Que uiva na noite de luar
Mas ao mesmo tempo,
Quero ter a inocência da criança
E suas doces esperanças
Quero ser o tempo
Que traz o momento
E nos faz cair em esquecimento
Como a ventania que sopra
E o tormento que apavora
E acima de tudo
Quero ser eu mesma
Em meio aos trancos e barrancos
Ir traçando meus caminhos
Que são como diamantes:
Árduos, porém, brilhantes