As vezes sinto-me como a primeira mulher da mitologia, Pandora.
Estava tudo tão bem para mim, como estava para ela.
Parecia tudo um sonho, nada poderia abalar aquela fabula tão singela
Pandora assim como eu, recebeu uma caixa.
Na encomenda dada a filha de Prometeu havia os males.
Ela assim como eu, acabou deixando a própria intuição de lado e o resultado se espalhou pelos ares.
Na caixa dela, havia morte, pobreza, inveja e ganancia
Na minha havia o medo de percas, ódio de si, sentimento de medo que ataca com constancia.
Quando tudo aquilo atingiu-me assim como Pandora, eu sofri.
Mas ao contrário do conto dela, no fundo da minha caixa não havia esperança.