Rodando nas pistas
Das cidades cinzas
Ouvindo o vento rezar
O tempo, também é obscuro
Nos obrigando a lutar
E, aí como eu luto?
Sem traje fajuto
Minha vida é rimar!
As pessoas que me veem na rua
Elas não sabem o q'eu hei de alcançar
Quando eu crescer, quero ser gigante
Abraçar os abraços do mar!
Mãe, por favor não se espante,
Seu menino sem asas
Aprendeu a voar!
E nesta noite tão corriqueira...
Senti minh'alma lavar
Quero brilhar, qual poeira de estrela
Até que o pó da terra,
Venha me roubar...
Eu vou ser gigante
Bem antes do tempo me tragar,
Mãe, eu vou ser tão grande...!
Verei de longe, o planeta acenar...