Como poderia eu viver se tu, tiraste tudo de mim?
Minha alma não é mais minha.
Nada mais é meu, nem mesmo minha própria vida.
Meu espirito foi quebrado, dividido em fragmentos da noite para o dia.
Não encontro-me mais.
Apenas cacos e cacos do que um dia fui, sequer posso reconstruir-me!
Ser uma nova versão de mim está fora de cogitação, queria ter minha forma antiga.
A versão que quebraste sem compaixão...
Encontro-me em meu leito, após horas e horas de reflexão.
E com o papel e caneta na mão, começo a escrever, rasgar os escritos, e reescrever.
Um ciclo doentio da mais pura falta de paz encarnada.
E sem saber de mais nada, busco incessantemente....
As peças que voaram longe, as que procurava.
Até a morte as procurarei.
Quero apenas ser quem um dia fui, um dia poderei voltar?
Como poderei eu voltar á vida? Foste minha ruina, minha morte de espirito.
E só resta carne a vagar.