Eu tenho a canção
Aquela em que os mundos se encontram
Que o sonhos terminam
Em luas de sangue e dias escuros
Eu tenho a visão
De um coro solene
De mães e sirenes
De um fim não tão distante de mim
Eu tenho a missão
Foi me oferecida duas mãos
Ver e dizer
Ver e escrever
Não preciso dizer qual escolhi
Eu tenho a decisão
De dormir em braços eternos
Em um descanso sereno
Que só divindades poderiam oferecer
Eu tenho a sensação
De que devo ao mundo
A existência de versos
Cuja profecia se cita
E todos podem ver
Que tenho plena consciência
Do que o Infinito espera de mim
E de que um dia
Ele chamará seus outros filhos
E dirá sem receio
O que espera de todos nós