Eu quero um poema
Que dure para sempre
Que voe além das linhas
Que pouse em sua mente
Há de ser poema
Talvez incoerente
Despista o padrão
De forma displicente
Poema devasto
Um passo inicial
Busca velhos traços
De uma trilha vital
Percorre o poerio
Um salão tão vazio
Um chão sujo e frio
De um castelo sombrio
Poema que grita
Com o próprio escritor
De sua fonte incita
Seu autônomo autor
“Volta para casa
E limpa de uma vez
A estrófe desses versos
Que destrofam suas leis”