Se a vida fosse tão boa ela não se cansaria da gente. Somos temporários. O tempo passa, e nós temos que acompanhá-lo. Podemos optar por estagnar, parar em algum momento, mas depois precisamos correr atrás do prejuízo. Se ontem eu soubesse que você iria embora, eu teria deixado-a mais cedo. Sem mágoas, é claro. Prender-te nunca foi a intenção, e te ver partir fez-me mais feliz do que outro sentimento que consigo pensar. Não que eu goste de fins, mas é preciso aprender com eles. Pode ser que em algum momento a gente se despeça de forma correta, e diga coisas como “espero que fique bem”, mesmo talvez nem querendo isso. Às vezes, de tão distante e indiferente, o estranho permanece sendo estranho, ou torna estranho o que era conhecido. É o que acontece com a gente. De maneira geral, é claro. Voltando ao ponto inicial, nós somos finitos. E é isso que nos torna mais volúveis. Vivemos para viver, e temos que aproveitar como podemos. Escolhas, nós as fazemos todos os dias, e cada uma nos leva a um caminho diferente. Se não fosse uma, seria outra. Não tem como parar e pensar em como seria se... Não podemos fazer isso. Não devemos, pelo menos. Hoje, conheci uma pessoa que me faz bem. Amanhã, acho que ela continuará por aqui. Para sempre é impossível, mas eu bem que gostaria que ela segurasse minha mão e fosse comigo até onde pudesse. É o que eu quero. Mas, bom, outra coisa: às vezes é sim tarde demais. Ninguém espera para sempre. O amor tem dessas, ele cria prioridades que não devem sê-las, e depois há um deslocamento nelas, até que elas fiquem em seus lugares – os devidos, claro. Certo ou errado estão em constante discussão, e o nosso silêncio muitas vezes precisa ser ouvido. Ele sempre significa, embora possamos não entendê-lo muito bem. Algumas opiniões não devem ser escutadas. Algumas decisões precisam ser tomadas. Alguns sorrisos não podem ser abafados, e os amores ficam o tempo que precisam ficar. Cabe a nós saber o que fazer com eles.