Metalinguagem
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Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 26/09/18 16:35
Editado: 26/09/18 17:52
Gênero(s): Reflexivo Sátira
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 1min a 2min
Apreciadores: 2
Comentários: 2
Total de Visualizações: 782
Usuários que Visualizaram: 5
Palavras: 257
Não recomendado para menores de catorze anos
Notas de Cabeçalho

ENSAIO

Capítulo Único Metalinguagem

Ontem caguei sangue, me senti um velho gordo, mas se me sentir um velho significa estar perto da morte, e me sentir um gordo significa e mesma coisa, então velhos e gordos que se sentem como eu, e não o contrário, pois fui eu que caguei sangue, não eles, e eu não me senti igual um velho gordo, pois nunca fui um.

Eu acho que o que senti de verdade foi a metalinguagem na minha cabeça, pois eu pensava no que eu estava pensando, prevendo cada filosofia de merda que eu fazia naquela situação, que eu ia cair duro no chão do banheiro mesmo desejando muito viver e prometendo nunca mais desperdiçar nada; que, se eu sobrevivesse, ia comer muita salada e iria falar pra minha mãe que eu tinha cagado sangue.

Porque o nosso cérebro nos odeia

O nosso cérebro funciona em metalinguagem, sempre julgando os nossos próprios pensamentos, achando ridículo os nossos posicionamentos e escolhas que tomamos todo dia, não nos levando a sério quando nós levamos o mundo muito a sério, principalmente nesse período, quando o brasileiro está à beira do caos. A metalinguagem só reforça a teoria de estarmos dentro de uma casca, e que nossos olhos são literalmente janelas da alma, o que nós verdadeiramente somos: uma alma sem aparência, porque a aparência é o inferno, e nossas almas não são lindas nem feias, porque isso é um adjetivo pra um corpo, o que nós não temos, porque não temos nada.

porque Tenho unhas grandes para limpar a sujeira da minha alma

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Apreciadores (2)
Comentários (2)
Postado 26/09/18 17:33

Cara, não sei se entendi perfeitamente todo o significado do seu texto, mas curti muito o quão diferente e, de certa forma, irreverente, ele é. Tens um jeito muito único e criativo de navegar pelas palavras, e de trazer o leitor em sua estranha jornada reflexica, que - nesse caso - se dá num vaso sanitário hahaha. Muito bom

Postado 26/09/18 20:14

Entendo perfeitamente o seu não entendimento. Não vou dizer que foi proposital porque não foi, e isso não é totalmente ruim, né?

Enfim, qualquer coisa eu uso a justificativa de que é arte, e ponto final kkkkkk

Obrigado pelo comentário e pelo tempo. amigo <_<

Postado 18/10/18 12:38

Caramba, que paulada, hehehe. Começou com "ontem caguei sangue". Não é sempre que se lê um texto que comece assim, hehehe. Mas sabe, certa vez li que a primeira frase do texto tem que ser mais impactante possível, pois é ela que faz o leitor continuar a leitura. Nisso, foste muito bem.

Agora, o texto em si é um bagunça, heheeh. Foi-nos trazido um emarranhado de ideias, tal como elas surgem no cérebro. Dessa forma, é muito complicado entender alguma coisa. Sempre temos que nos dedicar a organizar as ideias para tirarmos o maior proveito.

No mais, me parece uma crítica ao vazia da vida e ao nosso cérebro nos pregar peças. Vazios da vida são obras do comodismo. Tem que procurar se desafiar sempre, até porque o nosso cérebro gosta diso (e por isso não te pregará peças). E nosso cérebro é uma máquina foda, mas que tem alguns problemas, alguns erros de programação. Vale a pena estudá-lo para entendê-lo.

Dito isso, obrigado por compartilhar o seu pensamento!