Aprendemos tudo juntos,
e nos sentiremos traídos quando um outro alguém salivar o deslumbre
de tudo que gozamos juntos, primeiro.
No fim, terá você em outra pessoa,
e você me terá em várias outras,
mas o amor aconteceu em nós primeiro.
E ficamos bêbados na rua juntos, primeiro;
e descobrimos prazeres polêmicos, primeiro;
e colamos nossos rostos em seu quarto, primeiro;
e nos amamos em cada centímetro de cada casa em que pisamos, primeiro;
e fizemos barulho, sussurramos, brigamos, perdoamos e soubemos
que éramos melhores unidos, primeiro.
E antes de tudo que um dia há de vir -
nós existimos conflituosamente belos, primeiro - Por mais que outras pessoas houvessem vindo antes de nós - fomos labirintos intensos na boca um do outro, primeiro.
Mas quem sabe, outras pessoas também não venham a ser nosso "primeiro" em outras eras...
É que isso, no fundo não importa...
Por um longo tempo,
nos preocuparemos apenas com o:
"talvez ele (a) volte"
Nós dois precisaremos aprender a não sermos mais os últimos a superarmos uma primazia destas, que vem em grande escala.
Tudo deveria apenas desaparecer...
A verdade é que, a primeira vez em que se descobre que é realmente amado, - e que não durou para sempre -, se torna irrevogávelmente mais árduo de esvaecer...
Existir é uma eterna ferida aberta, não há o que fazer quando todos os primeiros socorros já se esgotaram. Precisamos aprender a lamber nossas próprias feridas e a cicatrizá-las por nossa própria conta e risco.
Amar é mostrar o caminho certo, mesmo que este seja um daqueles caminhos que temos de seguir completamente sozinhos, para tentarmos saber por fim, se algum dia estivemos - ou viremos a estar - realmente vivos.