Danço com a morte
Como quem sorri pra vida.
Calo como o caos,
Mas por dentro, grito.
Interior é minha dor
Que, para muitos, minto.
Valso a passos lentos
Ao ritmo do vento,
Pois meu eterno lamento
Será o silencioso tormento.
Choro lágrimas inexistentes
Em meio ao aglomerado de gente
Que só sentem, o que querem sentir
E só vêem, o que deixo existir.
Meu sofrimento mascarado
Sofre com o eclipse completo
De um mundo que me esconde,
Mas que, também, corrompe-me.
Sussurro os versos da morte,
Pois a vida não me compete.