Dor, sentir e experimentá-la
bebemos água em chamas para ser como os outros, vencedores
envoltos no amargo gosto de viver
Morremos aos poucos sendo vistos como a ave que come a carne podre
Não como a ovelha que bebe leite
As costas pesam, a morte, leve deixa
Fugimos da dor que não queremos carregar
Mas, cegos, corremos em direção ao mar de fogo
Beijamos a água para não nos sentirmos só
onde há, perdedores
esquecidos no limbo infinito e escuro
o lugar de conforto para muitos
escondidos do mundo