Deserto de sal.
Árido, quente, seco, sem vida, sem cores, sem flores.
Terra de ninguém.
Coração.
Não bate, não vibra, não se aquece, não deixa entrar e nem tenta.
Terra de ninguém.
Humanos.
Maus, egoístas, individualistas, preconceituosos.
Secos como um deserto árido cujo coração só bate e vibra por si mesmos.
Continuam sendo.
Terra de ninguém.
O grito congelou na garganta, o pedido por socorro ignorado.
As lágrimas amargas marcam a pele.
Soluço entalado, a dor latente de quem vive em:
Terra de ninguém.
Multidões caminham.
São efêmeras existências.
Habitantes desta deserta Terra de ninguém.