Há imemoráveis anos, num reino élfico mais pro Norte do planeta, seu povo estava de saco cheio da vida eterna monótona que tinham desde antes da primeira fogueira. Depois de uma assembléia em praça publica ser realizada para discutir o que deveria ser feito em função de todo o aborrecimento do reino, a maioria da população consentiu em abandonar o planeta e desbravar o céu, desaparecendo de corpo e alma do plano físico misticamente. Fora da maioria estava somente um elfo, Lavender Corpus, que permaneceu no reino e se auto-consagrou rei sem precisar ter sangue real, o que realmente aconteceu até o sentido de governar um reino fantasma perder o sentido. Lavender, reconhecendo seu erro, nunca conseguiu aprender o feitiço que o libertaria do plano físico e maçante do planeta e sobreviveu solitário por imemoráveis anos.
Vários anos-luz à frente da instantânea desocupação do reino élfico, um feudo de poucos homens se instalou vizinhamente das ruínas nas quais Lavender vivia deprimido. O líder do feudo, logo após uma visita ao reino desabitado e inóspito por conta das estruturas deterioradas prestes a cair, estabeleceu aquele espaço como o cemitério dos seus inimigos, opondo-se totalmente ao lar de elfos imortais que já havia sido o lugar. Na primeira noite depois da primeira batalha vencida entre o feudo e um império rival por divergências políticas, os homens enterraram cem corpos dos seus oponentes sob o solo do reino. Lavender, que observou os homens escavarem as covas oculto em uma sombra, não acreditou no que viu e planejou o que tinha de fazer para expulsá-los da terra do seu povo antes do fim do dia seguinte. No crepúsculo da manhã, com o céu rosado e alaranjado, todos os cem corpos se ergueram do chão como se não tivessem sido empalados no dia anterior. Seus espíritos estavam divinamente revigorados, porém suas mentes eram muito mais fácilmente influenciáveis devido à complexidade de superar a volta à vida repentina, fator que os fez seguirem Lavender no seu plano de matar todas as pessoas do feudo enquanto dormiam.
Na noite seguinte, quando mais um povoado tinha desaparecido sem deixar vestígios naquela região, Lavender reuniu os cem mortos-vivos ao redor de uma grande pedra, semelhante a uma távola, e explicou a todos que qualquer um que estiver sobre a superfície de terra onde está o reino viverá para sempre até pisar fora da superfície, tentando convencê-los a passar a eternidade com ele. Os cem homens, que não tinham o mesmo pensamento do elfo, espantaram-se com a idéia de ser imortal e assistir a ruína do mundo e recusaram o convite de irmandade de Lavender. De manhã, o homem que pareceu assumir a responsabilidade de todos pediu que o elfo os deixasse ir embora, e cada um dos cem partiu a um lado oposto do globo terrestre, deixando Lavender solitário pela segunda vez na sua vida eterna.
Até a noite que ele saíu do reino também.