Os galhos arranhavam a pele
Jorrando o vermelho para longe
Criando uma trilha, um caminho
Para que a morte não se perdesse
No escuro do dia
“As melhores se vão logo”
Vociferavam as árvores furiosas
Tentando tomar sua sanidade
Corromper seu corpo
“As melhores são loucas“
Segurava uma foice nas mãos
Tremendo por conta do frio
Daquele verão enlouquecedor
“As melhores são morte”
Era a própria sombra noturna
Esgueirando-se sorrateira
Beirando o suicídio
Banhada em agonia
(As melhores
Não duram muito
Quase não vivem
Nunca voltam ao real)
As melhores apenas se vão
Entregam-se ao caos
Reinam em seu próprio inferno