Com o advento do cristianismo,
Foi-se o encanto dos Deuses
E com eles toda a magia,
Do amor antigo, do saber e a alquimia.
Ressuscito o politeísmo
Através dos versos transversos
Invocarei todos os meus Deuses
Que se fizeram no mundo, dispersos
E é por Zeus que eu, começo!
Rei do Olimpo e dos demais,
Entendedor das pessoas e seres irracionais,
Do mais casto ao mais profano,
Persuada o universo, humano
De que a própria felicidade,
É resultado da boa vontade,
Imponha que sem um sorriso,
Não haverá esperança para a humanidade.
Clamo a Poseidon,
Deus dos mares e da navegação,
Que recolha a minha apreensão,
Conceda-me o perdão,
De pensar tanto em solução.
E que acalme o pranto
Como serena as ondas com seu encanto.
Hades! Deus do inferno,
Peço-lhe calor, no inverno!
E a ira quando necessitar
Revelar ou abdicar
Das mentiras acolhidas
Pela sociedade, pela vida!
Afrodite, minha beleza,
Exiba toda a grandeza,
Do mais puro à nobreza,
Da sagrada e esbelta natureza!
E o Cronos? Deus do tempo,
Traga todo o seu alento,
Para corrigir o tormento,
De quem vive ao vento,
E ainda suplico: Encontre uma solução
Para que eu, com sabedoria,
Consiga aproveitar com energia,
Toda esta passageira dimensão.
Coração, coração!
Ares – guerra!
Coloque ordem nesta terra,
Mostre sua força, solte sua ferra!
Mas suplico-lhe que apenas,
Amenize o que não se encerra.
Atenas, Deusa do saber,
Ensine-os a amadurecer
Diga-os em cada primavera
Que não é errando que se aprende,
Mas sim, compreendendo o porquê se erra.
Apolo, o Deus da lua e do sol,
Sobreponha seus raios como lençol,
Escolha o tom, dite em bemol
Sobre o canto que liberta um rouxinol
Hebe, juventude!
Imponha-os atitude, plenitude.
Agite-os com a inquietude,
Para aflorar suas virtudes.
Cada qual protege um fenômeno real,
Nossos sentimentos, nossa natureza,
Nossa vida, nossas tristezas...
E dentre juventude, guerra, sabedoria e mar...
O importante é saber agir, não desaminar e lembrar de sonhar!