Prensada na parede, sinto seus lábios descendo pelo meu pescoço e suas mãos apressadas desfazendo o fecho do meu sutiã. Sua língua percorre lentamente cada pele exposta para em seguida chupá-las e deixar sua marca, provavelmente amanhã acordarei cheia de chupões arroxeadas, mas pouco me importo com isso no momento, não enquanto sinto seu aperto em minhas coxas enquanto me carrega para o quarto.
Não deveria me sentir assim, muito menos me entregar. Sei que é nela que você pensa enquanto me penetra, seus gemidos denunciando aquilo que tento ignorar. Não é o meu nome que você sussurra quando chega ao clímax, não é o meu corpo que você procura ao deitar-se.
Porque eu nunca vou ser ela.
Quando amanhece, toda a farsa começa. Os sorrisos não são destinados a mim, o calor que aquece o seu peito não é causado pela minha presença, pois tudo se resume a ela e somente a ela, a garota que não te nota, que não oferece aquilo que posso oferecer. E tudo que faço é apenas observá-lo.
Eu odeio não ser ela. Odeio toda essa situação; essa relação tão conturbada e tóxica.
Eu realmente odeio você por não conseguir deixar de te amar.