Quando a lua desvairar e de seu ímpeto expelir dos pulmões o júbilo de luz que reside em suas entranhas, serei iluminada.
Quando ela, e somente ela, refletir toda a magnificência de seu olhar melancólico, pairando com uma feroz insensatez sobre as ondas turvas de um mar que resiste brandamente, dançando ao ritmo frenético das ondas, serei apreciada.
Quando a embarcação, rasgar as águas que um dia verteram de algum espaço delimitado pelo céu, e decompor a sombra abastecida pela lua, serei encontrada.
Quando o reflexo que é dela se espelhar na terra, recordando da distância que se situa, possibilitando apenas uma abstrata união, serei iludida.
Quando de imediato de suas crateras, lágrimas inundadas de saudade desaguarem, serei acalmada.
Quando todos os poentes lembrarem do ameno anoitecer com apreço, e os pontos que conduzem a embarcação se revoltarem, transformando norte e sul em uma única orientação, serei reorganizada.
Quando o quando das horas ressurgir do tempo pervertido e estático do passado condicionando a mentira do mundo, a uma doce verdade, serei despertada.
E serei feliz apenas, quando as flores se fizerem eternamente presentes nos campos regorjeados pelo canto dos pássaros, quando o inço e a rosa possuírem o mesmo traço e a eternidade furte o definhar dos passos.
E dos encontros, encontrar o sopro que a lua enviara em um generoso passar das horas, como súplica enquadrada em esperança de que um dia, um olhar afigurado ao seu, entenderia o recado.
Almejava apenas ser amada por um alguém composto, sensível o suficiente para decifrar seu rosto, complexo o bastante para entender seu gosto.
O sopro da lua, a brisa macia que pairou sobre à terra e despertou como uma prece para realimentar uma alma.