Acordo cinco e meia da manhã. Coloco minha roupa, verifico minha bolsa para confirmar se todos os materiais estão lá dentro e saio de casa comendo um sanduíche que minha mãe preparou na noite anterior. São 05h45.
Desço a rua em direção ao ponto. O ônibus acaba de passar. Corro o máximo que posso para chegar ao ponto da rua de baixo antes que o ônibus passe. Consigo chegar a tempo. Entro e fico em pé, pois o ônibus está cheio.
Vinte minutos depois estou no terminal e corro para pegar o outro ônibus que me levará até a escola num trajeto de 30 minutos. Para que fazer corrida matinal, se eu corro atrás dos ônibus de segunda à sexta?
Chego na escola. Sinto sono, pois fiquei até tarde acordada na noite anterior fazendo os deveres de hoje, mas não posso dormir, pois a primeira aula começou.
Após seis aulas e muitos deveres, saio da escola e vou para o cursinho. Ando até a faculdade onde faço cursinho em 25 minutos.
Chego lá, almoço e então, às 13h30 começa a primeira das cinco aulas do dia.
Saio às 18h e vou em direção ao técnico que é próximo a faculdade. Faço uma caminhada de 15 minutos.
Às 19h começa a aula. Fico em pé até 22h45 no laboratório e então faço o mesmo trajeto da manhã para retornar a minha casa.
Às 23h30 chego, passo pela sala e meu pai está vendo TV.
— Oi, pai.
— Oi, filha. Onde você está indo? Não vai comer nada antes de deitar?
Estou no segundo degrau quando ele diz isso e respondo:
— Não, estou cansada demais. Quero descansar.
— Cansada de quê? Você só estuda.
Volto a subir as escadas sem responder, pois amanhã farei a mesma coisa de hoje: apenas estudar.