Cada medo, cada aperto
cada passo, cada aço
acorrentado aos meus pés
vara comigo a madrugada insone
cada teto, cada feto
apodrecido, quieto
no silêncio dos meus segundos
chora comigo gritos agudos
cada parte de mim
que ainda existe aqui
prevê o fim e desgarra-se
e o que sobra de
um punhado de nada
nada na indefinição do que sou