Degusto o sabor do medo
Sempre que você ameaça minha alma
Com seu olhar silencioso
Cheio de raiva.
Sou assombrada pelos fantasmas
Que rondam os corredores
Do lugar que eu costumava
A conhecer tão bem.
Ouço os gritos que estão presos na garganta
Pelas tuas mãos cheias de arrogância.
Sinto as lágrimas descerem até o inferno
Que se tornou meu âmago.
Se você sentisse o sabor amargo
De meu assombro inevitável;
Se você soubesse qual é a visão
De meu inferno interminável,
Jamais conseguiria respirar
E a vontade de viver deixaria de existir
Em teu imundo ser,
Prestes a esmorecer.