As plumas brancas que dançavam pelo ar
Delicadamente acariciavam o chão
Criando uma doce ilusão
Uma cena perfeita aos olhos atentos
Certamente flutuaria na mente
Pela eternidade do segundo
Na ponta da sapatilha
Uma pergunta rondava
“Quanto dura o eterno? ”
Tão fino quanto a corda
Cortando os ponteiros
Nunca perdendo o equilíbrio
Com ar em suas penas
Rodopiando no limite
Nunca alcançando o chão
Agarrando-se em promessas
Ao fio invisível da lembrança
Sempre confiando cegamente
Pouco importa o defeito
Ou a idade do tempo
Sempre bailando lindamente
Plumas carmesins jazem
O chão enfim abraça
O eterno chega ao fim