Nada
Yvi
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 14/11/17 22:52
Editado: 17/04/21 15:07
Gênero(s): Drabble Drama
Avaliação: 9.76
Tempo de Leitura: 37seg a 50seg
Apreciadores: 8
Comentários: 8
Total de Visualizações: 904
Usuários que Visualizaram: 14
Palavras: 100
[Texto Divulgado] "Não Pare de Olhar" Uma mulher, isolada em seu apartamento, começa a acreditar que está sendo observada por alguém no prédio em frente. A paranóia começa a crescer levando o limite entre sanidade e loucura se tornar cada vez mais tênue.
Livre para todos os públicos
Capítulo Único Nada

Eu não tinha como ajudar. Não havia mais nada que eu pudesse fazer além de observar. Eu apenas fiquei lá, completamente paralisada ouvindo o pranto de uma mãe mergulhada em desespero e agonia e o último suspiro de um bebê que nem ao menos teve tempo ou forças para abrir os olhos pela primeira vez.

Aquela foi a cena mais triste de toda minha vida. Nenhum filme sequer poderia chegar perto de demonstrar toda aquela emoção, toda a tristeza e desamparo. Foi horrível, mas uma hora chegou ao fim e eu percebi que não senti absolutamente nada por tudo aquilo.

❖❖❖
Apreciadores (8)
Comentários (8)
Comentário Favorito
Postado 14/11/17 23:11 Editado 15/11/17 00:15

A indiferença diante de certas situações pode assustar até o ser humano mais corajoso. É assustador ver o quão indiferente podemos ser nos ocorridos mais extremos e de maior comoção entre os demais. Mas é como todas as mães dizem: você não é todo mundo. Então, nem sempre, a morte soa triste ou feliz ou trágica diante dos nossos olhos. Às vezes a morte é apenas a morte, nada mais e nada menos; apenas isso. E por saber disso, a única coisa que nos ocorre é sentir um grandioso sentimento de nada.

No mundo, sempre vai existir os que sentem demais, os que sentem de menos e os que não sentem nada.

Texto muito bom! Parabéns!

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Postado 14/11/17 23:18

Brina, eu queria muito te morder agora! Melhor explicação impossível! <3

Muito obrigada!

Postado 14/11/17 23:20

"mas uma hora chegou ao fim e eu percebi que não senti absolutamente nada por tudo aquilo"

Caramba que friozinho que sob o corpo, AHAHHHAAH.

Parabéns, sua obra realmente proporcionou-me sentimentos e eu agradeço por compartilha-la... <3

Postado 14/11/17 23:34

Ogrigada! <3

Postado 14/11/17 23:42

Nada mais comum hoje em dia, nos acostumamos tanto com o sofrimento dos outros que tal se torna apenas um "ruído de fundo" em nossas vidas, o qual ignoramos absortos em nossos próprios pensamentos mesquinhos.

Em outras palavras, saiba que não está sozinha nessa, princesa.

Ah, sempre esqueço... Bem escrito, blah-blah-blah.... Devia fazer um copy-cola de um antigo? Nah, tu já sabe... Enfim, parabéns :*

Postado 14/11/17 23:48

Bem isso.

Ah, colocar "blah-blah-blah" é mais legal que fazer copy-cola! u_u

Obrigada!

Postado 15/11/17 05:37 Editado 16/11/17 05:03

Esse texto... Este sentimento (ou melhor, a absoluta ausência dele)...

Sua obra me lembrou alguém... Que provavel e igualmente não mais abrirá os olhos.

Os ilustríssimos amigos acima já exprimiram tudo o que penso e sinto referente a este primoroso conto, então só me resta parabenizá-la por mais um drabble de indiscutível qualidade oriundo de suas mãos, Srta Flávia! Muito bom trabalho!

Atenciosamente,

Um ser cada dia/vez mais apático e distante, Diablair.

#ad01-063/188

Postado 15/11/17 20:43

Muito obrigada.

Postado 15/11/17 18:07

Tem horas que seus textos são de uma reflexão absurda em mínimas palavras. Moça, a senhorita não quer me ensinar como ser assim? Mas voltando ao texto, a crítica (se é que posso chamar assim, porque estaria mais para a realidade da maioria) tem um teor forte, ao mesmo tempo reflexivo: nada do que sentimos outra pessoa sentirá igual.

E pensar dessa forma me remeteu à uma lembrança de meses atrás. Onde um "é exagero, ela deveria lidar de uma forma diferente" se reforça nesse texto. Porque nós sempre vamos ter uma visão diferente do fulano, consequentemente, sentimentos discernidos também.

Não é que o nosso protagonista não se importa com a cena, ao contrário, ele deixa bem explícito, porém o mesmo aparenta não ser dono de um sentimentalismo maior. O que, no senso comum, chamaríamos de coração de pedra/gelo. E julgar por isso é errado.

E você demonstra bem essa realidade em poucas palavras. Talvez bem mais do que se fosse fazer um texto dissertativo sobre.

#ad01-056

Postado 15/11/17 20:56

"nada do que sentimos outra pessoa sentirá igual."

Bem isso!

Gema, você é incrível quando o assunto é feedback. Melhor pessoa. Consegue pegar a essência da coisa e transformar em algo grandioso!

Obrigada!

Postado 25/02/18 17:05

Wow, mesmo com poucas palavras, esse texto conseguiu proporcionar o sentimento de indiferença que é tão comum, mas que, ás vezes, chega a ser assustador.

Parabéns pelo maravilhoso texto. <3

Postado 01/03/18 17:05

Muito obrigada! <3

Postado 02/03/18 21:45

Um drabble bem pesado, de certa forma, tem aquela mão que pesa atrás da gente. Muito bem escrito e com muita informação, mesmo tão pequeno.

Parabéns <3

Postado 09/03/18 21:07

Obrigada.

Postado 27/04/18 22:57

Um texto bem humano. Eu penso que está tudo bem não sentir absolutamente nada.

Porém, este "sentir nada" é ao mesmo tempo, sentir muita coisa, tanto que virou essa drabble esplêndida.

O nada nos envolve o tempo todo.

Parabéns

Postado 17/05/18 21:45

Obrigada.