“Eu matei ela! Matei. ” – Dizia uma menina,com feições de boneca, aos investigadores parados ao seu lado.
“E como exatamente você fez isso? ” - Perguntou o primeiro, duvidando totalmente da afirmação da garota.
“Ela veio em minha direção e eu não tive escolha. Acertei ela com toda a força que tinha. ” – Disse, cruzando os braços.
“Se realmente matou, onde está o corpo? ” – O mais velho entre os três perguntou.
“Desovei no lixo. ” – Disse, simplória.
“Você fez isso sozinha? ” – Perguntaram os dois.
“Claro que sim! “ – Proferiu, incrédula.
“Pois bem, mostre-nos onde. ” – O velho disse, enquanto o outro parecia perdido, observando a arquitetura do lugar onde estavam.
A menina então os guiou até uma lata de lixo completamente branca, que estava no canto da sala.
“Pois bem, agora acreditam em mim? ” – Perguntou, abrindo a tampa da lixeira e revelando um corpo esmagado.
“Eu não acredito! Como pôde? Sua impura! Desalmada! Satã em forma humana! VOCÊ MATOU!! ” – Gritava freneticamente, enquanto seu parceiro vomitava em um canto branco.
“SIM! EU MATEI! E DAÍ? Antes ela do que eu! ” – Gritava, chamando a atenção de todas as pessoas presentes ali.
“ Ela não poderia morrer! O que vamos fazer agora?! Ela deveria ser a última! Era assim que deveria ser! MALDITA SEJA VOCÊ! Sua... Sua... SUA FEIA! “ – Debatia-se no chão, como uma criança mimada querendo um brinquedo.
De repente, quatro homens altos, musculosos e fortemente armados entraram na sala para tentar conter os surtados. E, antes que Jully apagasse completamente, devido aos sedativos, ela disse algo que fez todos os outros internos reativarem o modo loucura:
“Eu matei! Eu finalmente matei aquela Esperança da boca vermelha! Eu matei a maldita que me mordeu! EU MATEI! SOU UMA ASSASSINA! UMA ASSASSINA DE ESPERANÇA! ”