Flores da primavera
Pedro de Andrade
Tipo: Lírico
Postado: 26/08/17 15:22
Editado: 26/08/17 15:28
Gênero(s): Poema
Avaliação: 9.85
Tempo de Leitura: 22seg a 30seg
Apreciadores: 7
Comentários: 8
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Palavras: 60
Livre para todos os públicos
Capítulo Único Flores da primavera

Na primavera

As flores nascem

E no inverno se esvaiem.

Num ciclo de mudança.

Esse sentimento em mim reverbera.

A eterna transformação do "eu".

As flores de antes,

Não viverão outra vez.

O tempo não há de voltar.

Apenas lembranças quebradas

Ao vento lançadas.

O rio nunca é o mesmo de outrora.

Ele sempre é modificado

Pelo céu que chora.

❖❖❖
Notas de Rodapé

Capa de BaxiaArt, https://www.deviantart.com/art/spring-291374343.

Minha inspiração para esse texto foi a minha tentativa de reviver um antigo amor. Embora antigo, sinto-o recente. Mas é perda de tempo e sofrimento desnecessário. Tenha paciência e deixe-se viver um novo amor e, primeiro, seja o amor da sua vida.

Apreciadores (7)
Comentários (8)
Postado 26/08/17 21:29

Capa, sinopse e o poema em sim, um conjunto perfeito!

Não adianta tentar reviver o que já morreu, pois, mesmo que consiga, não será como antes. O que se foi não pode mais voltar. Nada é igual e talvez essa seja a graça da vida.

A sua escolha de palavras tornou tudo ainda melhor. É um belíssimo poema e uma ótima reflexão. Parabéns!

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Postado 26/08/17 22:48

Que poema lindo! Apesar de ter do clima ser um pouco triste, ainda sim a simplicidade em cada palavra, o sentimento em cada linha e a harmonia em cada detalhe transforma e suaviza todo o poema. E a mensagem por detrás também é magnífica.

Porque de fato as coisas nunca voltarão. Assim como as estações estão em constante mudança, a nossa vida também está. E como minha mãe diz, o mundo é redondo, e sempre dará voltas. Aquilo que está ao nosso lado agora poderá não estar nunca mais no futuro; salvo apenas por lembranças.

E se apegar a isso também não é recomendável. Amores vem e vão, assim como as flores que sempre irão brochar independente de quantas vezes caírem. Parabéns, Pedro! ♡

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Postado 27/08/17 19:48

O poema transborda sinceridade e realidade sobre o amor. É como se fosse possível entender este sentimento, através das flores que desabrocham na primavera. Por vezes, reviver um amor antigo é, de fato, dar um tiro no escuro ou esperar que as mesmas flores nasçam novamente como antes, mas o eu-lírico sabe a dolorosa e triste verdade: nada é como antes, não importa o quanto eu almeje isso.

É um tema tão complexo que me surpreende a simplicidade em que foi escrito. O problema de nós, poetas apaixonados, é que romantizamos um amor impossível, fora de nosso alcance e entendimento (digo por mim mesma), mas nem todos são assim e tenho profunda admiração por aqueles que conseguem ver um sentimento tão indescritível de maneira simplificada.

Reviver amores passados é uma experiência dolorosa, pois, com base apenas em lembranças, nosso âmago parece se contorcer para viver novamente algo que esta fora de nosso alcance. De fato, dar-se uma nova chance é o que deve ser feito. Nunca é tarde demais para amar e ser amado, quando seguimos em frente.

Um poema simples, real e humano em vários aspectos. Parabéns, Pedro!

Postado 28/08/17 14:13

As notas finais são um pequeno resumo do que o poema todo tenta passar. Esse poema foi bem importante para mim, pois a medida que eu lia podia ver-me exatamente como era mostrado. Entendo bem esse sentimento.

Enfim, excelente poema. Obrigada pela mensagem! Não somos metades de laranjas! Somos a árvore inteira! U.U

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Postado 29/08/17 13:43

Um poema com suavidade, ternura, me senti braçada por suas letras, parabéns!

Postado 16/11/17 00:15

Sim, com certeza, um belo poema.

Dá pra ver claramente a falta de esperança do eu-lírico (que creio que seja o autor) para com seu futuro amoroso.

De fato, às vezes se faz necessário se conformar com a realidade, com a mudança.

Parabéns pela obra.

Postado 11/12/17 22:43

O que muitos se esquecem é que às vezes a terra foi tão salgada pelo pranto a encharcá-lo que se torna irremediavelmente infértil. Que não existe mais sementes ou mesmo água. Que o solo salobro, ressecado e desolado por fim se converte em algo tão árido e inóspito que nunca mais nada haverá de germinar ali.

Existe beleza no seu poema? Para muitos/a maioria, sim. Todavia (e infelizmente), para umas poucas o ciclo é interrompido. Ou melhor, alterado para um constante e miserável inverno. Ou inferno.

Perdão por macular este espaço com uma visão tão desgraçada de algo tão sublime. E parabéns pela obra, Sr Pedro...

Atenciosamente,

Um ser no horto deplorável, Diablair.

Postado 07/02/18 21:09

Um pomea devidamente maravilhoso sobre mudanças, fases, transições e simplesmente o passar do tempo.

As palavras caíram tão bem, que é amável ler esse poema <3