Agarrei-o com muita cautela.
Você o tirou de mim.
Me desequilíbrei.
Encontrei-o novamente.
Estava cortado.
Joguei fora.
Tateei por mais
e, satisfeita, sorri.
Tantos para seguir.
Agarrei qualquer um.
Você me deu uma vela
que apenas queimou-os.
Na escuridão,
perdida,
em círculos.
Não há.
Estou cega,
surda,
perdida.
Achei outro.
Segui-o com empenho.
Um nó.
Um círculo.
Um esticado.
Acendeu a luz.
Apagou-a.
Não levou
a local algum.
-Me ajude-
Tateei novamente.
Minha mãos estão geladas demais
para sentir.
Não sou capaz de falar.
Minha voz não tem som
não tenho guia
-socorro-.
Estou desesperadamente
procurando por algum fio
fio de vida.
Fio de guia.
Uma pequena luz na escuridão,
isso que é.
Mas, os fios estão
queimados, enozados, cortados.
Não me guiam mais.