Sangue Azul
Lucas Cabral
Tipo: Lírico
Postado: 31/07/17 23:15
Avaliação: 9.32
Tempo de Leitura: 35seg a 47seg
Apreciadores: 8
Comentários: 8
Total de Visualizações: 1149
Usuários que Visualizaram: 12
Palavras: 94
Livre para todos os públicos
Capítulo Único Sangue Azul

Mesmo depois de tanto tempo

Ouço a mesma música

Tentando fugir das mentiras

Me ocupando com o inútil

Nada trará os dias de verão de volta

Por mais gratidão que eu tenha

Continuo sendo um brinquedo

Sempre olhando através da janela

A alegria daqueles olhares

Pena ser tudo uma grande mentira

Tudo de errado acontecia comigo

Mas é melhor assim

Prefiro imaginar o sangue azul

Tentando reviver a inocência

Conservando o amor próprio

Ouvindo somente o que eu quero

Sendo mais um no meio de milhões

Tudo isso por um bem maior

Minha sanidade.

❖❖❖
Apreciadores (8)
Comentários (8)
Postado 31/07/17 23:55 Editado 31/07/17 23:56

Olá Sr Lucas!

Esse poema me fascinou!

Tantas frases profundas... carregadas de significados horrivelmente tristes...

As primeiras quatro linhas são uma facada em meu coração...

"Nada trará os dias de verão de volta"... Essa é uma belíssima frase... incrivelmente triste... Muito bela de verdade...

Um poema sutil, mas extremamente profundo...

Lindo!!

Meus sinceros parabéns por essa encantadora obra!! *-*

Um abraço!!

Postado 01/08/17 20:12

Olá Meiling! Muito obrigado pelo comentário. Fico feliz em ter conseguido passar essa tempestade de melancolia kķkkk

Aliás, melancolia é o meu forte. Novamente, muito obrigado pelo seu comentário.

Postado 04/08/17 23:01

Cara, adoro teus escritos. Me perco nos versos muitas vezes...

:D

Postado 07/08/17 20:38

Muito obrigado! Fico muito agradecido por você ter comentado e apreciado meu trabalho. E estou de olho nas suas obras ;)

Postado 10/09/17 21:57 Editado 10/09/17 21:58

Melancólico, mas ao mesmo tempo nostálgico. A tristeza presente nos versos é tão tangível que é possível ao leitor tocar no âmago do eu-lírico. Ler estes versos foi como viajar pelo vale das emoções de alguém.

O fato dele ter de ver por trás da janela a vida de outras pessoas do lado de fora, partiu minha alma em dois. Uma velha sensação de solidão me invadiu e requícios do passado vieram à tona. Somente quem passa por isso, entende o quão doloroso é observar a vida alheia, enquanto sua própria mofa na beirada da janela. Contudo, essa exclusão é necessária para que o eu-lírico não perca a sanidade que possui. Previnir danos emocionais é tão difícil, mas às vezes necessário.

Sutileza, melancolia e um golpe de realidade na medida certa. Parabéns pela obra, Lucas!

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Postado 19/11/17 21:15

Muito obrigado cara leitora! Ótimo comentário, conseguiu absorver totalmente a essencia do texto.

Postado 15/11/17 23:22

As vezes isso funciona mesmo, "ser normal" só que tudo vai perdendo a vida... E quando você percebe, vê que você podia fazer melhor.

Gosto desse estilo!!

Parabens

Postado 19/11/17 21:15

Obrigado Caseni pelo comentário!

Postado 22/11/17 21:20

Estou aqui a me perguntar o que estava fazendo esse tempo todo. Onde eu estive para não ler essa obra maravilhosa?

Eu amo seus textos e dessa vez mergulhei de cabeça. Principalmente nesse final magnífico.

Parabéns!

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Postado 18/05/18 11:20

Muito obrigado mesmo! É sempre bom ler seus comentários.

Postado 24/11/17 04:02

Eu sou um maldito e irreversível Doente... Conforme lia os versos, imaginei um psicopata tentando resistir à vontade de matar outras pessoas, tal qual um membro da AA: um dia de cada vez... E o quanto tamanho jejum fszia sua mente se perder em dias excessivamente longos e totalmente sem graça...

A coisa foi tão deplorável aqui dentro da minha cabeça que até alguns céleres flashbacks de Dexter me acometeram durante o delírio. Satan, e nem drogas usei antes ou durante a leitura deste poema! É de fato a Doença mesmo.

Desculpe-me a inutilidade deste relato e parabéns pelo texto, Sr Lucas!

Atenciosamente,

Um ser que também sentiria falta da nobreza que há no sangue derramado, Diablair.

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Postado 18/05/18 11:23

Sempre notável sua insanidade, adoro suas interpretações. Obrigado pelo comentário.

Postado 15/12/17 00:24

Ah! Dá pra fazer uma analogia perfeita com os gremistas antes da Copa do Brasil do ano passado.

Muito bom!

Postado 18/05/18 11:24

Hahaha Ótimo, ótimo. Não pensei nisso.

Postado 17/12/17 21:53

É aquela coisa, muitas vezes a gente se conforta com a situação sabendo que outros estão melhores que nós. Um ato altruísta, mas que não foge de nossa realidade. É notável a tristeza presente em cada linha, assim como podemos ver que não há nenhuma esperança citada, nenhum vislumbre de que o eu-lírico pense que a situação poderá melhorar.

Não. Eles apenas se conforma.

O desejo de voltar ao verão, seja o que tiver que tenha acontecido, é algo que marca. Tempos bons que não voltam e deixam uma marca perpétua na lembrança, mas que jamais será revivida; jamais voltará a ser a mesma, ou similar.

Postado 18/05/18 11:26

Capitou totalmente o sentimento. Obrigado pelo comentário.

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