Linguagem Rebuscada de Alguém Sem Domínio Desta
Amara Helena
Tipo: Lírico
Postado: 03/06/17 01:54
Gênero(s): Reflexivo
Avaliação: 10
Tempo de Leitura: 1min
Apreciadores: 10
Comentários: 7
Total de Visualizações: 2583
Usuários que Visualizaram: 14
Palavras: 196
Livre para todos os públicos
Notas de Cabeçalho

Olar. Eu vivo sumindo sksjsksjs Problemas. Meu PC deu bug na entrada do cabo dá internet. Estou aqui, 01:32 da manhã, escrevendo isso com o celular dá minha mãe.

Capítulo Único Linguagem Rebuscada de Alguém Sem Domínio Desta

"Esvair-se-à iria Cristina, portadora de olhar terno, lábios carmesim capacitados de inveja e brancura neveada igualmente invejosa a observadores cinicos. Foi-se-à à praia, arquinimiga e principal antagonista de beleza do tipo dela. Desvairada estava, desfalecida um tanto. Cristina beijava o solo, beiços finos tocando a areia grossa e infinita. A realidade era adversativa a ela, tal exclusividade que a mulher tinha. Era belamente mortatiça, espantar-de adversamente indivíduo que a conhecesse. Todavia, entrementes passeava, o metafísico a chamara, dando-a o equilíbrio da vida"

— Que diabo é isso? — Perguntou Leopoldina, fazendo careta.

— É mais um texto meu — Respondeu o autor, todo pomposo.

— Não entendi foi é nada.

— É óbvio que não. Pessoa que não lê Sheaskepare não entende as palavras e tempos verbais dificilimos dos textos. Não é para teu entendimento. Não foi feito para massas, e sim, para intelectuais como eu, tanto que foi a minha pessoa quem escreveu. — Concluiu, empinando o nariz, olhando para o nada, acendendo um charuto e colocando a mão no bolso do sobretudo marrom que vestia.

A mulher o olhou com descrença e cinismo, olhou para o papel em sua mão e em seguida, para o homem novamente e disse:

— Ah, tá.

❖❖❖
Notas de Rodapé

A maioria de nós conhece uma pessoa assim sisjsoskos Pseudo-intelectual e Pseudo-cult. Não sei a quem odeio mais: se é a eles, ou se é a indiferentes sjjsisksjsjs

Apreciadores (10)
Comentários (7)
Postado 24/08/17 08:28

SHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! JÁ DISSERAM UMA VEZ QUE MEUS TEXTOS INICIAIS ERA DIFÍCEIS E CHATOS DE LER! SHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!

Nada contra o linguajar rebuscado (o utilizo bastante, inclusive), mas de fato o texto da senhorita aponta algumas questões interessantes de se debater/discutir no que diz respeito à escrita/narrativa em si. Por exemplo, o quão válido é o uso de palavras mais incomuns (ou mesmo raramente vistas/empregadas) em uma obra sob o intuito de enriquecê-la ou a tendência atual das obras serem curtas (o tal minimismo).

É um texto divertido e ao mesmo tempo reflexivo/crítico, ao meu modesto olhar. Muito bom trabalho, saudosa Srta Helena! Como de praxe!

Atenciosamente,

Um ser que nunca leu Sheakespare, mas adora gibis, Diablair.

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Postado 24/08/17 12:29

Moooça!!!! Que belo texto heim!!!

Para dizer bem a verdade, as vezes eu uso algumas palavras mais difíceis... mas nada de exagerado, pois tudo o que é demais acaba estragando!

Também gosto de ler umas palavrinhas diferentes as vezes, mas 15 palavras pouco usadas em cada frase de um bendito texto, cansa, cansa muito, e torna a história chata (mesmo a história não sendo).

Sua reflexão sobre esse assunto foi muito boa, Srta. Amara!!! Parabéns!!

Um abraço, Meiling!!

P.S for Diablair #ad01-09

Postado 24/08/17 23:35

Eu conheci uma pessoa assim. Nossa, era praticamente insuportável ler o que a pessoa escrevia e pior ainda é que até ela, por muitas vezes, não conseguia entender seus próprios escritos. Foi uma época engraçada até.

Agradeço por me fazer relembrar o momento e parabenizo por esta bela obra!

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Postado 21/06/18 13:54

Ah! Esses eruditos irritantes! Lido constantemente com isto dentro da minha área e digo: acredite, pode ser bem pior do que isso. Nunca podemos duvidar da capacidade alheia em querer ser mais do que o outro.

Fico surpresa ao ver esse classicistas egocêntricos que não conseguem viver o presente. Não desmereço a qualidade ou diminuo a importância dos clássicos. Muito pelo contrário! (até porque sou da área de Letras Clássicas e Vernáculas, rs). No entanto, não somente dos antigos se constitui a literatura. É fundamental olhar para as incríveis obras que a modernidade nos oferece.

Isto ficou tão claro em sua obra, principalmente com a fala final. Tua escrita, mesmo que breve, é tão real e descreve a realidade de tantos. Me senti contemplada até a última palavra.

Agradeço muito por ter compartilhado esta obra. Parabéns ♥

Postado 27/09/18 14:26 Editado 27/09/18 14:30

Hahaha, esse tipo de gente pode ser um pé no saco mesmo. Muito bom, Amara!

EDIT: Acredito que este texto seja considerado um "Conto ou Crônica" em vez de "Lírico". Lírico aqui é reservado para textos em verso (poema/poesia)

Postado 05/11/21 20:43 Editado 05/11/21 20:44

Sempre acho engraçado ver autores iniciantes (e por "iniciantes" incluo a mim mesma) tropeçando no estilo, sem saber se o texto tá rebuscado demais ou simples demais. Acho que todo mundo passou ou ainda vai passar por esse momento pedante, especialmente se a gente começa a escrever quando é adolescente, bicho chato pra penga.

Excelente texto <3

Postado 05/11/21 21:32

Seu texto me fez sentir alegria, uma alegria de quem ri e reflete, fiquei feliz mesmo! Gostei da reflexão, e confesso que me identifiquei (quem nunca teve aquela fase de querer escrever tudo rebuscado por achar que seria mais levado a sério? pois é, meu passado me condena) com o autor. Ao mesmo tempo, também me identifico com Leopoldina.

Amei seu texto, sério.