"Esvair-se-à iria Cristina, portadora de olhar terno, lábios carmesim capacitados de inveja e brancura neveada igualmente invejosa a observadores cinicos. Foi-se-à à praia, arquinimiga e principal antagonista de beleza do tipo dela. Desvairada estava, desfalecida um tanto. Cristina beijava o solo, beiços finos tocando a areia grossa e infinita. A realidade era adversativa a ela, tal exclusividade que a mulher tinha. Era belamente mortatiça, espantar-de adversamente indivíduo que a conhecesse. Todavia, entrementes passeava, o metafísico a chamara, dando-a o equilíbrio da vida"
— Que diabo é isso? — Perguntou Leopoldina, fazendo careta.
— É mais um texto meu — Respondeu o autor, todo pomposo.
— Não entendi foi é nada.
— É óbvio que não. Pessoa que não lê Sheaskepare não entende as palavras e tempos verbais dificilimos dos textos. Não é para teu entendimento. Não foi feito para massas, e sim, para intelectuais como eu, tanto que foi a minha pessoa quem escreveu. — Concluiu, empinando o nariz, olhando para o nada, acendendo um charuto e colocando a mão no bolso do sobretudo marrom que vestia.
A mulher o olhou com descrença e cinismo, olhou para o papel em sua mão e em seguida, para o homem novamente e disse:
— Ah, tá.