Um longa metragem sobre a própria vida na janela de um ônibus qualquer.
A vida é tão diferente quando as outras vidas passam correndo lá fora ao contrário da nossa direção.
Um braço se estende
Um sorriso se acende
Parece até que o universo conspira ao nosso favor, ou talvez não.
Eu olho os faróis e não entendo porque eles não somem quando estamos com pressa.
O que eu fiz da minha vida porque até aqui nada mudou.
Todo o dia viajando na mesma janela em busca de um sol que me esquente ou de uma sombra que me cubra do sol.
A música no estéreo rola. Bossa nova, made in Brasil.
Estaciono meus pensamentos em vagas já preenchidas e deixo o motor morrer só para ver se uma alma caridosa me ajuda a botar no lugar a minha própria existência.
Todas as janelas do mundo jamais serão o bastante para contracenar comigo.
E eu sigo, persigo, rumo a um itinerário qualquer.