Ela, nova no que fazia
Mal sabia o que acontecia em seu meio
Deslumbrada por todo a atenção
Que recebia por sua beleza descomunal
Mal percebia as armadilhas que caia
No mundo da beleza
Jovem como a primavera
Com seus cabelos como o mar
Os mais belos tons de azul o cercavam
Sua pele branca como a neve
Esplendor de encantamento
Nova psiquê na terra
Fora então chamada para um trabalho misterioso
Um grande escultor da cidade
Queria uma jovem dama para o inspirar
Sem saber ao certo o que fazer
Aceitou esta proposta
Que lhe renderia mais do que qualquer outra iniciante
Se veste então de uma camisa de rendas negras
E uma simples calça jeans
E parte para o endereço indicado
Apesar de sua roupa leve
Sentia um calor interno grande
Não sabia se da vergonha ou ansiedade
Chegara na porta, toca a campainha
Não espera muito antes que ela fosse aberta
Recebida por um homem mais velho
Mas que ainda achava muito atraente
A vergonha então se apossa dela mais uma vez
Se tornando inteiramente rubra
Entrava a passos curtos
Se incomodava com trabalhar na casa dele
Mas todos apontavam que era um trabalho único
Pouca exposição ás massas e muita recompensa
Algo que uma reles iniciante não poderia recusar
Então mesmo apavorada de medo, continuava a andar
Ele lhe apresentava partes da casa
Que passavam até sua oficina
E ao chegar lá, pediu que se sentasse
Enquanto tudo arrumava
O lugar parecia realmente desorganizado
Mas com um ar de magia
Ele então arruma o material para seu posterior trabalho
E separa um pequeno caderno de desenho
“Podes se levantar?” dizia
“Mas é claro” Ela se respondia
Ela se envergonhava ainda mais
Por perceber que ele desenhava seu corpo
Sem mais uma palavra se quer
Ele se aproximou devagar
Segurando seus pulsos
Seu pescoço
Seus joelhos
Brincando com seu corpo como uma boneca
Seu toque a fazia estremecer
E seu coração palpitar
Mesmo entendendo aquilo tudo
Todas as poses e ângulos
Eram necessário para uma boa escultura
Mas seu corpo ainda desmoronava
De dentro para fora
“És tão linda que me encanta”
Ao ouvir isso em seu ouvido
A garota fica ainda mais ofegante
O que ele responde com um sorriso
“Por isso que gosto de jovens”
“Sua sensualidade vêm até a pele”
“Se assim ela foi invocada”
“Foi pelo leve toque de suas mãos”
Ao dizer isto ele colocava as mãos sobre sua cintura
Subia os dedos por seu corpo devagar
Ela mal percebia que ao fazer isto
Sua camisa já caia no chão
Ao sentir o toque do vento em sua pele
Mal conseguia ficar mais em pé
“Um busto de mármore vivo”
Ele ria ao olhá-la de frente
“Me compara a uma pedra?”
“Por que a pedra é meu trabalho”
“Onde eu vejo a verdadeira beleza”
As suas pernas tremiam
Ela não conseguia mais conter a própria tensão
Se sentia como a um anjo
Que já perdera os pés do chão
“Posso prosseguir?”
Dizia o artista a envolvendo por trás
Com as mãos no zíper de sua calça
Ela consente trêmula
Ao se sentir mais uma vez despida
Pela fonte de seus desejos
Desaba finalmente ao chão
O que é respondido por um riso
Do homem que a desenhava
Ele então a pede que se ajoelhe
Deixe os braços soltos
Segura sua cabeça ligeiramente para trás
Arruma seu cabelo em uma cascata lisa
Fica de pé a sua frente a olhando nos olhos
E volta desenhar
Ela o olhava intensamente
Com o ardor de fogo em seus olhos
Apoiava as mãos em suas coxas
Se inclinando um pouco mais a frente
Ele sorria gentilmente, acariciando seu rosto
Ela logo lhe abocanha o dedão
Ele ria, terminando os desenhos
Se abaixa, apoiando as pernas nas laterais do corpo dela
Sentava-se em seu colo lhe olhando os olhos
“Se queres se divertir um pouco comigo”
“Dessa experiência minha arte também se aproveita”
Ele aproxima aos poucos os lábios aos dela
Que sede com carinho, sem deixar de tremer de prazer
Ao sentir seu beijo
A mente da garota se torna branca
Nada mais existia para ela
Além das sensações de seu corpo que estremecia
Agarra-lhe o pescoço
O derrubando sobre ela quando ao chão caia
A cada mais singelo toque
Sua pele respondia se arrepiando
Aos beijos respondia com o mesmo amor
Se emaranhava em seu corpo com braços e pernas
Seu corpo se derretia
Enquanto o ímpeto a dominava
Quando se deu conta de si de novo
Já havia lhe arrancado a camisa
Sentia seu corpo acariciar ao dele
O prazer a percorria por inteiro
Enquanto o ajudava a se despir mais um pouco
Então aos poucos
Suas intimidades eram reveladas
Lentamente com carinho
Se tornava receptiva ao seus amores
Suas pernas já estavam afastadas
Esperando para recebê-lo dentro de si
Quando o toque dele sentia por dentro
Inundou a sala com seus gemidos
A cada estocada que lhe dava
Inúmeras alucinações tinha
A este mundo não mais pertencia
Aos prazeres se entregava totalmente
Lhe arranhava as costas com força
Toda a pouca força que tinha dirigia a esse ato
O olhando transmitindo seu ardor interno
Sua boca fechava com a dele
Puxando-lhe a nuca com certa violência
Tudo o que tinha por dentro a dominava
O empurrava para o outro lado
Subia por seu corpo com avidez
Se movia sobre ele com desejo
Se possuindo de seu corpo
Por muito tempo lá ficou
Jogava a mão sobre seu peito
Subindo aos poucos para o pescoço
O arranhava com força
Da mesma forma que ele lhe arranhava o quadril
Sua cabeça cambaleava
De um lado ao outro olhando os arredores
Logo seus olhos focavam em uma mesa ao lado
Que mesmo coberta de pó de mármore
Lhe parecia muito convidativa
Com certa fraqueza se levanta
Indo até ela
Se inclinando, sujando sua barriga e busto de pó
Olhava sobre o ombro, o vendo levantar
Com olhar de súplica para que a ame
Ele logo vinha atrás, acariciando seu corpo devagar
Lhe da um tapa leve sem marcar
Segura a cintura até começar de novo
O movimento entorpecente
Que controlava aos dois
Ela sentia a mesa tremer
A cada estocada que recebia
Se agarrava firme
Com todas as forças
A borda desta mesa
Que se arrastava aos poucos
Logo seu corpo mais uma vez estremecia
Desta vez com ainda mais força
Até seu corpo totalmente desfalecer
Percebe então
Que seu artista preferido para de a penetrar
E sente algo quente escorrer por suas costas
Sorrindo, ele lhe convida a um banho
Que ela aceita com prazer
A guiando por sua residência de novo
Os limpando por inteiro
A abraça com ternura
O belo corpo nu que tanto aprecia
Ao se despedirem finalmente
Uma proposta indecente
Ele a cativava
“Queria você ser minha modelo permanente?”
Coisa que aceitou alegremente
Com um doce beijo contente