Não foi culpa das pessoas que me criaram
Não foi culpa das pessoas que me ignoraram
Eu não tenho fibras fortes nem neurônios saudáveis
São ideias insolúveis e felicidades findáveis
Eu não tenho a sola do pé resistente a esse terreno coberto de pedras cortantes
Nem a língua nem a garganta encouraçada para beber destes líquidos escaldantes
Sendo um experimento errôneo da natureza
Facilmente quebrável pelo medo da incerteza
Moldável ás avessas pelos erros circunstanciais
Fingida e aceita pelas aparecias superficiais
Ser covarde e o que posso ser
Assustada por ter de crescer
Envolvida por nuvens negras a beira de um abismo
Um passo pra qualquer direção e uma queda à minha espera. Eu cismo
Olhos cegos pela umidade do acumulo de maus sentimentos
Ouvidos surdos pelos sussurros carregados pelos ventos
Sem esperanças para escrever um bom final
Mas até que esteja morta de verdade, sou imortal