Em uma fatídica noite, Lucas conheceu Samanta. Quanto mais ele conversava com a garota, mais as coisas mudavam e a cada segundo perdido tronava-se mais difícil de tudo terminar bem. O final havia sido destinado muito antes dos dois se encontrarem, muito antes... Do jovem imaginar que tal menina existia neste mundo.
"Se tivesse passado pela minha cabeça esse final, nunca teria continuado aquela conversa... –pinga água".
Tão belo era o casal, tão poucas eram as brigas; o mais perfeito conjunto, um exemplo. Tanto amor; compreensão, sorriso e risos; atenção... Tanta inveja e raiva ao redor. Por quê?
Ela disse uma vez, com os dois deitados no sofá de sua casa própria: -Não quero saber dos seus relacionamentos anteriores... –salpicou o vermelho em suas bochechas, enquanto olhava para as mãos entrelaçadas.
-Por que não? Sempre diz que quer saber mais sobre mim.
-Nada não –envermelho ainda mais seu rosto. Ele olhou fundo os olhos da menina que desembuchou: -... Eu vou ficar com um pouquinho de ciúmes... –o rapaz chorou de tanto rir, a garota escondeu o rosto de tanta vergonha; aquela foi uma divertida tarde.
A vida de casal é incrível (até quando?).
Numa amanhã fria, dia qualquer de Julho. Lucas acordou mais cedo, preparou uma rica e enfeitada refeição para sua amada e levou ao quarto. Comemoração de três meses juntos (que pouco tempo), dela roubou um beijo. Estavam felizes...
Saíram com alguns amigos fieis, beberam, comeram, divertiram-se todos juntos...
Voltaram para casa eufóricos; desejosos, um pelo o outro. Subiram para o quarto aos beijos e abraços, deixavam as roupas pelo caminho e (já) não ouviam mais nada. A mão quadrado do garoto segurava firme a cabeça e os cabelos vermelhos de Samanta, cada vez mais firme e os beijos seguia mais quentes e longos. Por sua vez, a mão fina da menina manchava e arranhava as costas tatuadas (do rapaz) com uma árvore.
Na parede (em que encontrava-se a porta) do quarto, ele pressionou a jovem, beijou o pescoço, tirou o sutiã, os corpos estavam esquentando. A calcinha rosada era a única que restava, molhava; as liberadas substancias tronavam o ato dos beijos ainda mais prazerosos. O tatuado deixou enfim cair suas calças (estavam iguais, uma única peça de roupa). A pressão; a tensão; o tesão; a paixão, tudo junto no ar, no sangue e no momento em ambos os seres. Um beijo pausado fez a ruiva tomar a frente e leva-lo para o cubo, por lá, o jogou na cama consigo em cima, riu. Porém, ela desejava muito mais tudo aquilo que ele.
Olho no olho, se ajeitava, esperando uma ação dele. Pulsavam. Sem pensar ou olhar o local, inverteu a posição, colocou-se por cima e foi ai que o destino concretizou-se.
Dois homens puxaram Lucas e um terceiro o imobilizou com um "mata leão", mais dois seguravam Samanta que continuava na cama macia e quente.
Passos surgiram pelo corredor e pela porta entrou um então desconhecido de terno, sorrindo.
O rapaz ficou branco quando viu o rosto do bem vestido homem, aquele era um ex-amigo.
-Por favor, o seu problema é comigo deixe-a ir, eu imploro!
O inimigo caiu no riso. Esperou por muito tempo para ter sua vingança, dessa noite não passava.
-Não me faça rir assim, vou ter dor de estomago, FIEL amigo! -mudou de expressão, mais rápido que lebre correndo de caçador. -Vejo que até preparou a sua oferta de paz... Que gentileza –sorriu.
Lucas, gritou desesperado: -NÃO ENCOSTE NELA!! -forçou uma fuga, inútil. Pela gracinha do momento, o animigo fez um sinal e os homens que seguravam o rapaz começaram uma linda seção de socos: 15!
Samanta, vendo seu namorado gorar sangue, enquanto tossia, revoltasse: -SAIA DA MINHA CASA, SEU MALUCO!
-Olha, mocinha –aproximou-se da cama e disse calmo. -Sinto muito, não poder, simplesmente, sair; tenho que resolver alguns assuntos com ele –seguro o rosto saudável da garota. -E você vai pagar a maior parte desta divida...
Ele tirou a mão da pequena e voltou seu foco ao tatuado. Tirando seu palito, indicou que segurassem bem o mesmo: -Tenho certeza que sabe qual o motivo da minha mais adorável visita, não? (silêncio) Quem cala concede –remangou as mangas da camiseta branca de um tecido riscado. Começou a bater no calado jovem.
Se ela não tivesse sido egoísta e tivesse perguntado sobre os relacionamentos anteriores, surgiria entre as conversas que uma das antigas amantes dele, matara-se. Indo mais fundo, saberia que a mesma era amiga de infância do rapaz e do ex-amigo.
Um triangulo amoroso. Lucas ganhou o frágil coração da amiga, amargurado o inimigo aceitou, mas nunca por completo. Brigas constantes entre os três aconteciam em público, a minúscula menina entrou em uma depressão invisível pelas pessoas que mais a amavam; certa de que ela era o mal de tudo aquilo, abusou dos remédios antidepressivos e junto tomou um garrafa do vinho mais caro que conseguiu em um mercado. É mentira quando dizem que não se sente dor morrendo desta forma: Como afirmar algo que você nunca fez?
A visita que seria para acertar as contas, era porque o animigo cismou que Lucas teria sido o verdadeiro motivo da morte de sua paixão...
Enfim, parou de socar o concorrente. Ajeito o cabelo e limpou suas mãos no cobertor da cama: -Me diga, ela transa bem pelo menos? -acendeu um cigarro. A cabeça de Lucas girava e zunia. -Acho que bati forte demais... –olho para Samanta e com uma sorri anormal, apagou o fumo na perna da mesma.
Agarrou a jovem mulher, comentando: -Você cheira a bebê –todos gargalharam.
Sem remorso algum ele desfivelou o cinto e abriu as calças, tirando para fora o que ela, neste momento, mais temia. Debateu-se; empurrou; fechou o máximo, que conseguiu, suas pernas; de nada adiantou, era inevitável. Em um piscar de olhos, vira-se penetrada, não mais sentia prazer, somente, dor; cada vez mais brusco e violento. Lambia e beijava o corpo branco que estuprava; não adiantava gritar, a casa era muito grande, ninguém escutaria. Nem funcionárias e muito menos um cachorro, eles tinham.
Começava finalmente a sangra, era hemorragia interna; aumentou a dor.
Samanta que ainda tinha esperanças, mordeu o ex-amigo do namorado que saiu grunhindo; fugiu (para felicidade de alguns) da cama, não foi longe. Caiu no chão, quando o homem a deu um tapa forte na cabeça e dominou, mais uma vez, o frágil corpo branco. Colocou, desta vez, seu membro no contraído ânus da jovem; saltando as finas veias e causando uma nova hemorragia.
Ela chorava, enquanto esticava seu braço até o amado: -Lucas...
-O seu Lucas não pode ajudar, esse i-n-ú-t-i-l –jogou mais seu peso sobre a garota.
-Luscas... Por favor...
-Filha da puta!! –agarrou os cabelos vermelhos, bateu várias vezes a cabeça da mulher no chão sujando o quarto inteiro de sangue. -Desgraçada, me broxou... –levantou e arrumou seus cabelos amarelos.
-Samanta? –chorava. -Samanta, não... De novo, não...
-Solte ele.
Ao cair no chão ensanguentado pelo sangue da namorada, arrastou-se como um verme; até o ex-amigo colocar seu pé nas costas tatuadas do jovem que tentava encostar na mão, ainda quente da vitima. O bem vestido "amigo"; disse, pegando uma pistola com silenciador: -Estamos quites... –e deu dois tiros na cabeça de Lucas, em seguida atirou na morta, só para confirmar a morte.
Foi embora.