Eu juro que pensei em muita coisa, muita coisa mesmo. Vamos começar pelo título. Ele se torna bem enfático ao ler o poema, porque dá para saber que o eu-lírico está sob o efeito de algo, e nesse caso, eu supus que fosse os efeitos de alguma droga ou medicação (o que não deixa de ser uma droga, no final das contas).
E a primeira estrofe me remeteu à ideia de uma auto-mutilação. Algo como as cicatrizes marcadas na pele, a dor e a vivências eternizadas na mente. Além do que, é como dizem: todo louco guarda dentro de si um passado perturbador, recheado de dores e desamores. Este pode ser o caso do nosso ser, alguém que usa o próprio corpo como um mapa ou diário sinistro.
Na segunda não revela muita coisa, a não ser o fato de ser uma inspiração anormal (porque todo ato nessa magnitude se torna um exemplo para aqueles que ainda não tentaram, infelizmente). E o ritual citado na terceira estrofe me lembrou e muito do ritual de passagem para outro mundo.
Quanto ao final? Bem, podemos de fato confirmar que o eu-lírico não está com a sanidade em dia, aliás, ele mesmo afirma quando cita que não está no comando. Porque a mente humana é tão engraçada que em um momento e com poucas doses tudo pode sair fora do controle.
Com simples pípulas ou drogas ilícitas.
Mas ainda acho que seria uma overdose de remédios devido o "mais uma e acabou". Enfim, parabéns, Gema!