Havia chegado o grande dia, finalmente... E tinham que lutar contra o relógio.
O jovem Yahiko nunca tinha passado dos beijos com Augusto, seu inusitado e proibido crush nas férias de verão. O homem negro morava na casa do lado e foi se achegando aos poucos, flertando e atiçando o oriental até que finalmente os lábios de ambos se tocaram pela primeira vez às pressas e às escondidas. Daquela vez em diante, sempre que podiam, se encontravam rapida e vorazmente. E agora, finalmente conseguiram uma chance de ficarem sozinhos por tempo suficiente para se saciarem conpletamente um com e no outro.
Suas bocas e línguas expressavam perfeitamente o que palavras demorariam demais para dar forma conforme os rapazes se beijavam. Era uma mistura perfeita de sentimentos e sensações que desafiava a lógica e impunham total entrega. Yahiko e Augusto se jogaram na cama macia do rapaz e se engalfinharam gostosamente ali, deixando suas mãos percorrerem caminhos ousados e necessários.
As roupas desapareceram como em um truque que mágica: o tempo era escasso e isso fez o tímido Yahiko tomar iniciativas que sequer pensaria em situações normais. Intercalando entre selinhos, lambidas e mordidas, foi descendo o rosto coradíssimo pelo corpo nu, forte e ardente de Augusto, inibriado com o aroma viril que dele provinha. Deparou-se com aquele membro admiravelmente duro, grosso e marrom que já estava melado e o abocanhou como se sua vida dependesse daquilo.
- Nossa, Yahiko... Que delícia! - assentiu o negro ao fitar com certa maldade e orgulho para o jovial amante, que retribuiu encarando-o ao sugar-lhe o pau com movimentos certeiros. - Isso, assim... Bem ass... - Augusto acabou gemendo alto quando o oriental massageou-lhe as bolas e chupou da glande até a base do pênis com desejo incontido.
Após umedecer e saborear aquela delícia rija, maciça e volumosa ao ponto de ficar praticamente com os cantos da sua boca pequena gostosamente doloridos, Yahiko fez o percurso inverso entre as genitálias e os lábios carnudos de Augusto, deixando uma trilha de beijos e mordidas na pele escura que tanto o fascinava. Augusto estava entregue e feliz com o modo como o rapaz lhe transformara em um banquete, mas ele também estava faminto.
Muito faminto.
O jovem Yahiko já estava levemente ofegante quando se posicionou sobre o corpo atlético de Augusto de modo que a ponta daquele membro escuro e grosso roçasse a entrada de seu ânus, que chegava a piscar de tanto tesão que o oriental sentia. Sentindo o temor de seu parceiro, o homem negro gentilmente puxou Yahiko para junto de si e o beijou em meio a um abraço envolvente, protetor. O garoto estremeceu em seus braços, entregue ao carinho e ardor do gesto.
Como Augusto queria ter mais tempo para desfrutar com aquele pedaço de paraíso de olhos amendoadoas e pele alva! Como desejava poder retribuir à altura o tratamento que tivera desde sempre até ali! Havia tanto a ensinar... Tanto a aprender! Tudo que podia fazer, no entanto, era garantir que o risco valeria a pena para ambos e pretendia deixar uma lembrança prazerosa e insuperável no coração de Yahiko, a quem tanto desejava desde a primeira vez em que se encararam.
E ele almejava cumprir tal intento da melhor e mais gostosa maneira possível.
- Relaxe, mon amour... - sussurrou Augusto em um tom de voz que denunciava todo o seu desejo. - Deixa fluir...
- É tão grosso... Mas, eu quero... - gemeu Yahiko mexendo o quadril de encontro ao pênis que chupara com tanto gosto há pouco. - Eu quero você todinho dentro de mim...!
- Eu também quero muito... - sentenciou o homem negro, empurrando o membro duro de encontro ao orifício anal do oriental esguio. - Vem... Vem comigo, Yahiko...
O rapaz delirava com aquela voz tão máscula quanto gentil, intensificando o beijo conforme forçava devagar a entrada do falo ereto de Augusto dentro de seu cuzinho, que se dilatava para receber aquela jóia cor de ébano pouco a pouco em seu interior. O moreno grunhiu baixinho quando sentiu que a penetração finalmente ocorreu, abraçando o seu par com força, sentindo o pinto de Yahiko em contato com seu abdômen ficar ainda mais duro conforme o deflorava vagarosamente.
Ambos arfavam e sorriam feito loucos, se olhando nos olhos e se beijando gostosamente: afinal, estavam concretizando aquela paixão devastadora... E tudo até ali estava sendo bem melhor e mais gostoso do que jamais sonharam. Yahiko cavalgava vagarosamente seu amante enquanto remexia o quadril de leve, que mantinha uma gostosa pressão em sua cintura conforme apertava-lhe com propriedade. Cada estocada ardia, mas era tão bom que nem podia ser chamado de dor. Era prazer. Era tesão. Era tudo de melhor naquele mundo e momento.
Após um certo período, Augusto começou a se movimentar mais rápido, penetrando o parceiro com uma necessidade que chegava a assustar. Mas, como poderia ser diferente? As contrações internas, os gemidos e a cavalgada de Yahiko o estavam enlouquecendo! Como uma pessoa podia fornecer tanto prazer assim para outra? Fora a sensação de perigo, o gostinho de proibido, a tara por aquele jovem em especial... Não, não, ninguém no céu ou na terra poderia culpar qualquer um dos dois por se perderem nos desejos um do outro. Era inevitável!
Yahiko beijava loucamente seu crush quando olhou de relance para a janela. O carro do pai descia a rua transversal devagar. A pulsação de Yahiko disparou, assim como as estocadas de Augusto. Seu ânus se contraía em conjunto com a penetração célere. O perigo iminente elevou seu tesão a um nível inimaginável, fazendo com que subisse e descesse o corpo com tudo, sentindo o membro negro totalmente dentro de si, bem fundo. Augusto ajudava com puxões vigorosos em meio a um sorriso selvagem de felicidade.
O carro vinha. O orgasmo vinha. O prenúncio do desastre vinha. Yahiko não conseguia raciocinar direito pois o que sentia era bom demais para ser detido. Os corpos dos dois rapazes se chocavam com uma intensidade invejável conforme o veículo prata cruzava a rua. Yahiko anunciou o orgasmo aos berros enquanto Augusto gritava o nome do jovem ao lhe inundar o reto com jatos e jatos de sêmen, sendo igualmente banhado pelo gozo farto do oriental. Seus membros pulsavam, suas pernas estremeceram, suas bocas se uniram. Estavam completos. Nada mais importava naquele instante perfeito.
O pai de Yahiko estacionou seu carro do outro lado da rua, sem sonhar que seu filho havia acabado de se entregar para outro homem bem ali, no quarto dele. Yahiko e Augusto se beijavam carinhosa e ardentemente quando Murata desceu do automóvel com algumas sacolas e atravessou a rua, rumo ao seu lar, doce lar. O sol se punha no horizonte, deixando os dois amantes em uma terna e acolhedora penumbra, entregues a si mesmos e um ao outro.
Foi neste idílico instante que os dois rapazes despidos, suados e satisfeitos ouviram, por acaso, os cristais da porta da cozinha tilintarem harmoniosamente e o Sr Yoshioka anunciar em alto e bom som que havia finalmente chegado em casa.
O que houve depois disso? Bem, isso já é outra história...