Menino-Lobo, você me abandonou.
Três luares consecutivos.
Não considerou,
As batidas ardidas do meu coração por todo este tempo.
Foi como eu bem presumi:
A mão que me afagou, me empurrou de fato.
Você está congelado,
Em todas as minhas linhas,
Em cada palavra,
Está eternizado.
Era isso que queria?
Não se sinta privilegiado.
Pois os dedos que te exaltavam,
Agora te afogam em escárnio.
Sobreviverei.
Voltarei a minha programação normal:
Ficar deitada,
Pegando dias e noites nas pontas dos dedos
Enquanto meus sentimentos me consomem
Sem nenhuma consideração,
A medida em que eu me entorpeço,
Cada vez que apago seu nome
Das paredes rabiscadas do meu coração.