Por mais que eu me quebre aos desmontes fracionários de uma vida imaculada na passagem de realidades dolorosas, mesmo assim ainda me obrigo ao auto punimento. Informo aqui, que minha mente trabalha de forma contrária à da grande maioria, porém não veio por meio deste generalizar-me, veja bem e atente-se aos fatos.
A mente voa tão longe e tão rapidamente juntamente com as ideias que vez ou outra o físico implora por um descanso eterno. Vez ou outra caio em precipícios construídos por minhas mãos semi jovens, quase semi velhas e uma queda livre brusca me aguarda emocionada. Há dias que elevações de humor brincam com o termostato de minha paciência, vulgo bomba relógio. Ao menos uma vez a cada dois dias eu preciso descarregar as emoções travestidas de verdades insólitas em papéis de gramatura aveludada. E claro, eu bebo. Bebo muito ou bebo pouco, há também os excessos mais eu bebo porque forças divinas não quiseram que meu combustível de vida fosse água potável semi tratada. Evidente, não esquecer de citar os alucinógenos. Estes são amores de casos à parte, transeuntes de outras vidas místicas. Para sempre seremos amantes fervorosos em quesito de transcendência espiritual e reflexiva.
Olha, eu não queria citar mais vou dizendo... dias sim, meses e anos também, eu não passo de uma garotinha que o tempo todo de forma subconsciente precisa de uma aprovação materna para tomar as pernas como própria rédea. É engraçado se você pensar em como a mãe pode te modificar ou te fuder para sempre. Admito, eu cresci, sou fruto maduro, porém passei todos estes anos de minha vida sentindo-me como se fosse um fruto apodrecido despencando de um pé fora de época. Mas, honrosamente, ontem após a ingestão de THC ao córtex cerebral me vi nitidamente em mim mesma e refleti suavemente e criticamente sobre o fato de quem sou e para onde vou e como a estrutura humana que me rege atualmente foi moldada através de um abandono, conservadorismo, normas infundadas, medo, negação, rispidez, falta de incentivo, obrigações descabidas e culpa sem crime.
Porra, olha quanta novidade em mim num curto espaço de tempo, estimado de uma hora, digamos. Por fim, fico eu feliz de me ver e até mesmo triste por ter me contido por tanto tempo ao não me permitir. Mas afinal de contas, a vida começa depois dos 30 ou aos 26 ela já pode começar a ser vivida de fato?